Está nas livrarias um novo livro de auto-ajuda. Destinado ao público feminino, pretende ensinar as mulheres a ganharem mais, serem mais ambiciosas. Não, senhores, não li a publicação, mas, no cabelereiro, tive a oportunidade de ler sinopses elogiosas na "Nova". A autora afirma que as mulheres devem abandonar as atitudes nobres (como diminuir a carga horária ou trabalhar em local mais próximo de casa para cuidar dos filhos), devem se ater menos à ética profissional e seguir os (maus) exemplos de seus colegas homens.
Poder-se-ia pensar que a publicação (podemos chamar de livro?) é herdeira das batalhas feministas de gerações passadas. Todavia, esquece a moça-autora que a luta fundamental das mulheres inteligentes era pela liberdade de fazer escolhas. Optar por ser mãe em tempo integral ou por entrar para a lista da Forbes, talvez, para as super-mulheres, os dois, mas poder levar a vida que se quer levar.
Ter filhos, uma família, são escolhas que exigem tempo e dedicação (ainda que se tenha um bom companheiro). Optar por isso não é sinal de falta de inteligência ou ambição, é saber que a vida oferece muitos caminhos e cabe a você escolher o que te fará feliz. Enfim, a escolha da mulher inteligente é aquela que atende a seus anseios, independente do que ache o vizinho do lado.
Ao menos, a moça-autora sabe ganhar dinheiro.
2 comentários:
Vocês onseguiram tudo. Continuam com o poder que já tinhm antes de queimarem sutiãs e agora ainda tem independência econômica.
Só que para isso vocês tiveram que se transformar. Hoje vocês incorporaram o nosso modo de pensar. Nós vencemos...
por que será que sinto urticária quando ouço "nós, mulheres, pensamos blá, blá, blá".
Vocês realmente acreditam nestas historinhas que saem publicadas na Nova?
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