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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A Presidente do Brasil (todo)

Quem olha os números da eleição 2010 vê que essa história de dividir o mapa brasileiro em estados azuis e estados vermelhos faz muito pouco sentido. É uma adaptação do que fazem os americanos, mas muito mal-ajambrada para o nosso sistema eleitoral - que é bem mais democrático, por sinal. Basta olhar aqui como se distribui por municípios a preferência do eleitorado.

Pior ainda é querer dividir o país em norte x sul, afirmação eivada de preconceito e com o intuito de desqualificar e tornar menos legítima a Presidente eleita. Além do que, basta - de novo - olhar os números para ver que Dilma venceu em 3 das 5 regiões: Norte, Nordeste e Sudeste; quase empatou em uma, Centro-Oeste, e perdeu apenas na região Sul (em percentual de votos):


Dilma

Serra

Norte

57,43

42,57

Nordeste

70,58

29,42

Sudeste

51,88

48,12

Sul

46,11

53,89

Centro Oeste

49,08

50,92


Dilma seria eleita mesmo se Serra tivesse empatado com ela no Nordeste e no Norte, pois os três milhões de votos a mais que Serra teve em São Paulo e na região Sul não conseguiram superar a diferença pró-Dilma em Minas Gerais e Rio de Janeiro: sobra ainda mais de 400 mil votos a favor da petista.

Região Sul:
Dilma 7.267.073 x Serra 8.493.558

São Paulo:
Dilma 10.462.447 x Serra 12.308.483

Diferença pró-Serra em São Paulo e região Sul: 3.072.521

Rio de Janeiro:
Dilma 4.934.077 x Serra 3.223.891

Minas Gerais:
Dilma 6.220.125 x Serra 4.422.294

Diferença pró-Dilma em Minas e Rio: 3.508.017

No site do Estadão há uma página ótima para olhar esses e outros números da eleição, vale conferir.

domingo, 3 de outubro de 2010

O Senado 2011

Enquanto escrevo, já se tem o segundo turno assegurado nas presidenciais e as eleições para governador estão com resultados já conhecidos em quase todo país. As últimas urnas vão sendo apuradas e podemos destacar alguns fatos interessantes nessas eleições.

Depois do Presidente Lula chamar a atenção para a necessidade de eleger um senado mais favorável à sua candidata, a votação para a nossa "Câmara Alta" ganhou um destaque nunca antes visto. Em alguns casos, a mídia nacional deu até maior atenção do que a eleição para governador.

Em Pernambuco, por exemplo, Eduardo Campos já tinha a vitória para governador indicada nas pesquisas por larga margem há tempos. Com isso, Lula voltou suas baterias para Marco Maciel, ex-vice de FHC e sucessivamente eleito para cargos públicos desde 1967. A campanha de Lula foi certeira e o (nacionalmente) pouco conhecido Armando Monteiro não só passou Maciel como também o ex-ministro Humberto Costa. O experiente cacique do DEMo pegou um distante terceirão.

Feia mesmo foi a derrota do histriônico César Maia (DEMo), no Rio de Janeiro. Há alguns meses a dúvida seria se a segunda vaga para o Senado ficaria com Crivella (PRB) ou Lindberg (PT), pois ninguém imaginava o ex-prefeito ficando de fora. Pois Maia não só foi ultrapassado pelos dois candidatos apoiados pelo Governo Federal como também pelo ex-deputado estadual Jorge Picciani, do PMDB, acabando em quarto lugar.

Mais apertada nos números porém muito saborosa foi a derrota de Arthur "eu vou dar uma surra no Lula" Vírgilio. O Tucano, que no Amazonas se apresenta como "Artur Neto" (assim mesmo, sem o H), fez campanha como "independente", escondendo Serra, FH e até o PSDB de seus programas na TV. Ainda assim foi caindo pouco a pouco nas pesquisas e o resultado das urnas confirmou: os senadores eleitos são Eduardo Braga (PMDB) e Vanessa Grazziotin (PCdoB). Arthur/Artur deve ficar cerca de 1% atrás de Grazziotin.

No Ceará e em Alagoas, duas derrotas que me surpreenderam. Tasso Jereissati (PSDB), há 24 anos uma das grandes forças políticas cearenses, tinha até pouco tempo números para o senado num patamar, digamos, "aecioneviano". A queda foi abrupta e violenta. Jereissati fica em terceiro, longe de Eunício Oliveira (PMDB) e José Pimentel (PT). Estou rindo muito.

Em Alagoas, Heloísa Helena seguiu o mesmo roteiro: de favorita foi para terceirona, perdendo a vaga para o (pelo menos para mim) desconhecido Benedito de Lira (PP) e para Renan Calheiros (PMDB). Nesse caso eu nem devia, mas também estou rindo.

Por fim, São Paulo: num sprint jamaicano, Aloysio Nunes (PSDB) pulou para primeiro lugar, deixando longe os então favoritos Marta Suplicy (PT) e Netinho (PCdoB). Obviamente a "visita" da polícia à casa de Netinho não teve nada influência alguma nisso, imagina...

PS: a idéia era falar só de senadores, mas não posso deixar de registrar que, com 98% das urnas apuradas, Collor está ficando de fora do 2º turno em Alagoas por menos de 0,5%. Se uma tragédia ocorrer até o fim da apuração, eu corrijo aqui. Mas já vale a comemoração.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Todas as pesquisas

Desde dezembro de 2009 até a pesquisa Datafolha do último dia 26, o gráfico mostra a evolução (ou involução) dos três principais candidatos. Clique na imagem para ampliá-la. O trabalho foi feito pelo jornalista Alexandre Campbell.