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segunda-feira, 12 de julho de 2010

Seleção multicultural alemã desperta patriotismo

- Aí pessoal, depois do treino o Cacau vai puxar uma roda de Capoeira!


Volker Wagener para a Deutsche Welle:
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Nenhuma agência de publicidade contratado pelo governo alemão conseguiria polir melhor a imagem da Alemanha no exterior como fizeram Müller, Özil, Schweinsteiger e Khedira. No exterior, a Alemanha sempre foi reconhecida por sua alta motivação, moral e disciplina, e agora também pela leveza e beleza. Tudo isso se deve ao novo estilo do futebol, que celebra um time cuja metade dos jogadores é fruto da imigração.

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Isso surpreende devido ao fato de muitos alemães continuarem negando que a Alemanha seja um país de imigração. A entrada no país de pessoas com outra crença, pele escura e nomes impronunciáveis é vista como problema, e não como oportunidade. O futebol, que para muitos é a futilidade mais bonita do mundo, ensina o setor político e outros setores da sociedade como fazer uma integração bem-sucedida.

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Falar sobre futebol é sempre também falar sobre o país que o time representa. O futebol alemão teve sucesso por décadas. Combatividade, disciplina tática e absoluta vontade de vencer foram as virtudes que se sobressaíram nos triunfos do passado: "Futebol é um jogo de onze contra onze e no fim vencem os alemães", disse uma vez Gerry Linneker, goleador da seleção inglesa da década de 1980. E ele descreveu nada mais do que a grande eficácia do futebol made in Germany. Isso se aplicava ao sucesso econômico do país: o futebol alemão era a imagem da economia alemã.

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sexta-feira, 9 de julho de 2010

Antes que a Copa acabe

Domingo vamos ter pela primeira vez, desde 1978, uma final com duas seleções que nunca venceram uma Copa antes. Ou seja, mais um país se reunirá ao seleto grupo hoje composto por apenas sete nomes: Uruguai, Itália, Alemanha, Brasil, Inglaterra, Argentina e França.

Considerando os países que já ganharam uma Copa do Mundo, o maior jejum na busca do segundo título é o do Uruguai, com seus incríveis 64 anos na fila, no mínimo, entre a conquista de 1950 e 2014. Só falta a "Celeste" voltar a vencer justamente na Copa realizada no Brasil novamente...

A Itália, vencedora em 1934 e 1938, só voltou a vencer em 1982. Foram 44 anos de espera e 8 mundiais até novamente levantar a taça. Era, na época, o maior tempo de espera. Vencedora em 1966, a Inglaterra terá esperado 48 anos e 11 edições da Copa por um segundo título, mesmo que vença em 2014.

De 1930 a 1970 a Copa do Mundo tinha como prêmio a lendária Taça Jules Rimet. Disputada por nove edições e vencida por cinco diferentes países (Uruguai, Itália, Alemanha, Brasil e Inglaterra), depois do Tri em 1970 a Jules Rimet passou a ser definitivamente dos brasileiros (mais especificamente dos brasileiros que a roubaram em 1983).
Desde 1974 o vencedor da Copa levanta outro troféu, a Taça FIFA, de posse apenas temporária. Esta segunda taça está sendo disputada pela décima vez e será vencida domingo pelo sexto país diferente (Alemanha, Argentina, Itália, Brasil, França e agora Holanda ou Espanha).

A Holanda chegou à sua terceira final de Copa. Se não vencer domingo, vira uma espécie de Vasco da Gama dos Mundiais: nenhuma outra seleção tem três finais e nenhum título. Breve lista das equipes que, até hoje, foram no máximo vice-campeãs mundiais: Tchecoslováquia (1934 e 1962), Hungria (1938 e 1954), Suécia (1958) e Holanda (1974 e 1978).

Se vencer, a Espanha dificilmente escapa de uma histórica marca negativa: será o pior ataque de uma seleção campeã em todos os tempos. Para fugir desse recorde os espanhóis precisarão vencer por 5 gols de diferença, já que marcaram apenas 7 vezes até aqui. Atualmente os piores ataques campeões são os da Itália de 1934, da Inglaterra de 1966 e do Brasil de 1994 - todos com 11 gols.

domingo, 4 de julho de 2010

Timidez não ganha Copa


"Continuo sempre na idéia de que um time que quer ganhar mesmo uma Copa do Mundo tem de jogar ofensivamente. Se fosse um campeonato de turno e returno, jogo lá e jogo cá o ano inteiro, então nos jogos fora de casa seria sempre melhor jogar seguro e de contra-ataque. Um ponto fora de casa é ponto ganho para o time visitante. Um ponto dentro de casa é ponto perdido para o time da casa. Mas isto são outros quinhentos. Acontece que na Copa do Mundo só temos um time de dentro de casa. Todos os demais estarão fora em qualquer jogo. E numa competição em que o time que tem pretensões a ganhador jogará no máximo sete partidas, se não partir para a cabeça, para ganhar e fazer gols, cai do andaime. (...) A única condição para se ganhar uma Copa do Mundo é ter os melhores jogadores e aproveitá-los. Não se ganha Copa com timidez."


João Saldanha - 09/05/82 - In. "O Trauma da Bola - a copa de 82 por João Saldanha", Cosac & Naify, 2002.