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quarta-feira, 5 de novembro de 2008
terça-feira, 2 de setembro de 2008
Se fosse para escolher...
Obama está longe de ser perfeito, é óbvio. Tem algumas atitudes dignas de "Pai Tomás" que irritam profundamente. Uma delas foi renegar o Pastor Jeremiah Wright. Mas seria ingênuo achar que um negro, nascido no Havaí (e portanto americano "legítimo", Felix) e filho de um muçulmano não faria concessões, em posições políticas e pessoais, para chegar onde chegou.
Há quase 50 anos, quando um católico foi pela primeira vez candidato a presidente nos EUA com chances de ganhar, isso era algo absurdo. Que bom que hoje o candidato pode ter reais condições de vitória sendo como é Obama.
Não disse que os republicanos são de extrema direita. Em um país literalmente bipartidário há diversas correntes dentro dos dois partidos. E, dentro do Republicano há, notoriamente, radicais conservadores. Palin é uma. Mike Huckabee, pré-candidato derrotado nas primárias, é outro. Já McCain eu acho bem moderado (como inclusive eu já disse aqui no blog).
Ter ou não experiência é um ponto altamente debatido nos EUA, na atual campanha. Era a grande crítica de McCain a Obama e por isso a escolha de Palin soou tão estranha. Afinal, os republicanos acusavam o candidato democrata de ser inexperiente mas optaram para vice na chapa presidencial por uma mulher que tem no currículo a prefeitura de Wasilla (a cidadezinha de 9 mil almas onde ela teria dado luz ao filho mais novo) e o governo do Alasca desde 2006.
Dando-se importância a isso ou não, Obama ostenta currículo mais vistoso. Formou-se em Harvard e não em Idaho, como Palin. Já era professor de Direito Constitucional há 12 anos quando foi eleito senador de Illinois, em 1996. Foi eleito senador federal em 2005 (e não há poucos meses, Felix).
Sobre o petróleo: quanto mais desimportante se considerar a questão do aquecimento e do uso de combustíveis fósseis, mais longo será esse "longo prazo" que sempre se aplica às matrizes alternativas de energia. Então, minha crítica ali era pela combinação petróleo-do-alasca-é-bom + aquecimento global-é-lenda.
A religião de um candidato (ou a falta dela) pode ser o motivo de derrotas em eleições, como bem sabe FHC (prefeitura de SP, 1985). Obama se reafirmar sempre como católico é uma necessidade dele, como animal político, portanto. Mas para mim também tanto faz como tanto fez a religião do sujeito, já que eu mesmo não tenho nenhuma.
Os elogiosos comentários sobre um "mentor intelectual" comunista, a "bolsa-família" e uma proposta de saúde pública universal não precisam de acréscimos.
Diga Não Ao Hussein

Tudo dito sobre Palin é aplicável a Obama, e com folga.
Se Palin fez-se passar por mãe da criança para esconder a gravidez da filha o fato é grave (ei, essa família é prolífica, qual das filhas foi dessa vez, daqui a alguns anos a família vai ter uns trinta membros entre pais e filhos nesse ritmo). Mas tão ou mais grave é a acusação sobre Obama de ter usado certidão de nascimento falsa, para fazer registro eleitoral.
Obama esteve vinculado ao pastor fanático Jeremiah Wright durante décadas, mas quando as declarações do último começaram a ganhar espaço na mídia (“God Damn América/ America to blame for 9/11”, e similares) tentou minimizar o fato.
O partido Republicano é ultra-direitista? Está havendo aqui uma confusão de posições. Talvez porque no Brasil, o partido do governo está cheio de guerrilheiros fracassados (tais como José Dirceu , um agente treinado em Cuba), qualquer coisa que desvie ideologicamente do padrão-Guevara deve soar ultra-direitista.
Aliás, o candidato preferido de Fidel Castro é... Obama.
Explorar o petróleo do Alaska é uma necessidade para os americanos tendo em vista o preço atual. Além disso, o maior poluidor do mundo hoje é a China, que já ultrapassou os Estados Unidos há muito na emissão de poluentes. Qual é a alternativa que eles têm? Continuar importando petróleo, como Obama quer de países como a Venezuela e Irã, inimigos declarados dos americanos, ou seja, continuar financiando os próprios inimigos. Só a longo prazo nós veremos formas alternativas de energia tendo largo emprego na economia, por enquanto é se virar com os combustíveis fósseis.
Por pressão de ambientalistas e similares, os americanos deixaram de perfurar petróleo na costa da Flórida, onde tudo indica que existe petróleo, agora, são os cubanos e chineses que estão fazendo prospecção no local. Se depois deles encontrarem, a costa da Flórida for poluída pela exploração dos inimigos deles o que será feito? Eles escreverão aos Partidos Comunistas Cubano e Chinês usando impropérios? Quem ganhou com essa história toda?
Obama apóia a “fairness doctrine”. Explico: os democratas já tentaram aprovar projeto de lei obrigando as rádios a dividirem igualmente o tempo dado a republicanos e democratas. Por quê nas rádios e não na televisão? As rádios são o baluarte dos conservadores americanos. Já a televisão, ou seja, as grandes redes, apóia os democratas, e, naturalmente, nada teriam a ganhar com a obrigação de dividir o tempo na televisão. "Fairness"?
E mais uma vez, os democratas e Obama querem criar um sistema nacional de saúde com vinculação obrigatória dos trabalhadores. O modelo de saúde que eles querem aplicar é o do... Brasil, literalmente com o mesmo organograma (Conselho Estadual isso supervisionado por um Conselho Federal aquilo) Um economista americano (Thomas Dilorenzo) que estudou o organograma diz que só lembra de outro modelo parecido que foi o da Itália na Época de Mussolini (não deve ter visto o nosso). Isso tudo depois dos programas literalmente bilionários (mais de trezentos bilhões de dólares cada) de saúde criados e ampliados desde a década de sessenta, e que já estão se tornando inviáveis economicamente.
A cada dia Obama-Hussein faz novas promessas que sabe que não pode cumprir. A última foi de criar mais impostos para dar um cheque bônus de mil dólares para cada americano. Populismo do mais baixo nível. As únicas propostas de Obama até agora podem ser classificadas em aumentos de gastos e aumento de impostos. Nada recomendável para uma economia que já tem que suportar os gastos ordinários e mais os da Guerra do Iraque.
As gafes do Hussein seriam de fazer corar o Lula . Obama já afirmou ter visitado todos os 57 Estados da União americana. Será que ele está incluindo Panamá, Costa Rica e outros pobrecitos? Ou quando se referiu ao “Presidente” do Canadá ao invés de Primeiro-Ministro.
Sabe quem foi Frank Marshall Davis? Obama o cita no seu livro “Dreams of My Father” (não tenho livro, estou seguindo informações de terceiros) simplesmente como “Frank”, e foi uma das pessoas que o introduziram na vida política e que Obama não nega ter sido uma influência sobre ele mesmo (já outros dizes que ele foi o mentor intelectual de Obama). Davis era nada mais nada menos do que membro do American Communist Party e foi investigado tanto pela CIA e pelo FBI como agente de Moscou.
E por último, os obamistas acusam Palin de inexperiência? Ela foi prefeita e atualmente é governadora do Alaska. Qual é a experiência de Obama fora ter sido ongueiro a vida inteira e senador por alguns meses?
Se fôssemos julgar alguém pelo quesito experiência Lula jamais teria sido presidente aqui, para não mencionar o total despreparo (Lula foi ao menos “Mr Simpatia” no primário?) .
O único trunfo de Obama é sua inexperiência, mas não acredito que seja suficiente para enganar o eleitorado americano.
A vice do McCain
O nome da jovem senhora aí embaixo, no post anterior, é Sarah Palin, governador do Alasca. Recentemente indicada como vice na chapa republicana de John McCain, até agora o que se dizia dela era que tinha pouca experiência para o cargo (e que ganhar um concurso de Miss Simpatia foi seu ponto alto na vida universitária).
Hoje as manchetes sobre Palin eram todas em torno do anúncio da gravidez de sua filha adolescente. Algo que já teria certa gravidade política num lar tão conservador como o da governadora, mas com implicações apenas para demonstrar a enorme hipocrisia dos ultra-direitistas dos EUA. Afinal Palin prega que a única educação sexual aos jovens deve ser a abstinência.
Mas há comentários mais cabeludos sobre o caso. Dizem que o filho mais novo de Palin, nascido este ano, seria na verdade seu neto, o que implica dizer que ela escondeu uma outra gravidez de sua filha adolescente e registrou o garoto como seu.
Fotos de Palin semanas antes do alegado parto de seu filho a mostram sem qualquer sinal de gravidez, o que não aconteceu quando ela esperava seus outros filhos - a barriga era evidente. Não convenceu? Bem, há ainda a história de que a governadora, ao entrar em trabalho de parto, foi de Dallas para Seattle e de lá para o Alasca, em uma viagem de 13 horas. Ali, ao invés de dar a luz em Anchorage, optou por viajar de novo até a cidadezinha de Wasilla, de apenas 9 mil habitantes. É o que conta esse gráfico, de forma hilária.
Outra acusação contra a candidata a vice republicana é de que ela teria sido membro de um partido secessionista do Alasca no começo da década passada. Palin, segundo consta, enviou para a convenção desse partido, o AIP - Alaskan Independence Party - um vídeo elogioso no começo deste ano.
Ainda que se deixe tais polêmicas de lado, Palin continua sendo uma figura detestável, politicamente. É, obviamente, defensora da exploração de petróleo e gás (já que governa um dos grandes estados produtores nos EUA). Consequência disso é que Palin acha que o aquecimento global não tem relação alguma com a emissão de CO2 na atmosfera por parte da humanidade.
Como não podia deixar de ser, é contra o aborto (em qualquer hipótese, mesmo estupro), contra o casamento gay, contra a legalização da maconha e contra a restrição a porte de armas. Ela é a favor do ensino em escolas públicas do criacionismo e, como dito acima, da abstinência como única educação sexual.
Palin é simpática só de boca fechada.
Hoje as manchetes sobre Palin eram todas em torno do anúncio da gravidez de sua filha adolescente. Algo que já teria certa gravidade política num lar tão conservador como o da governadora, mas com implicações apenas para demonstrar a enorme hipocrisia dos ultra-direitistas dos EUA. Afinal Palin prega que a única educação sexual aos jovens deve ser a abstinência.
Mas há comentários mais cabeludos sobre o caso. Dizem que o filho mais novo de Palin, nascido este ano, seria na verdade seu neto, o que implica dizer que ela escondeu uma outra gravidez de sua filha adolescente e registrou o garoto como seu.
Fotos de Palin semanas antes do alegado parto de seu filho a mostram sem qualquer sinal de gravidez, o que não aconteceu quando ela esperava seus outros filhos - a barriga era evidente. Não convenceu? Bem, há ainda a história de que a governadora, ao entrar em trabalho de parto, foi de Dallas para Seattle e de lá para o Alasca, em uma viagem de 13 horas. Ali, ao invés de dar a luz em Anchorage, optou por viajar de novo até a cidadezinha de Wasilla, de apenas 9 mil habitantes. É o que conta esse gráfico, de forma hilária.
Outra acusação contra a candidata a vice republicana é de que ela teria sido membro de um partido secessionista do Alasca no começo da década passada. Palin, segundo consta, enviou para a convenção desse partido, o AIP - Alaskan Independence Party - um vídeo elogioso no começo deste ano.
Ainda que se deixe tais polêmicas de lado, Palin continua sendo uma figura detestável, politicamente. É, obviamente, defensora da exploração de petróleo e gás (já que governa um dos grandes estados produtores nos EUA). Consequência disso é que Palin acha que o aquecimento global não tem relação alguma com a emissão de CO2 na atmosfera por parte da humanidade.
Como não podia deixar de ser, é contra o aborto (em qualquer hipótese, mesmo estupro), contra o casamento gay, contra a legalização da maconha e contra a restrição a porte de armas. Ela é a favor do ensino em escolas públicas do criacionismo e, como dito acima, da abstinência como única educação sexual.
Palin é simpática só de boca fechada.
quarta-feira, 4 de junho de 2008
Barack Hussein Obama, Jr
Foi nesse horário que, com a apuração das primárias de Dakota do Sul, Obama conseguiu os 4 delegados que ainda precisava para ultrapassar a barreira dos 2.118 exigidos (ao final da apuração, ele ficaria com 6 dos 15 delegados em disputa, tendo a Senadora Clinton obtido os outros 9, ganhando a primária).
Porém, o que realmente garantiu ao Senador alcançar a vitória, em tese, foi o anúncio do apoio de quase 60 superdelegados, durante todo o dia de ontem, conforme mostra bem esse gráfico do New York Times:
sexta-feira, 9 de maio de 2008
quarta-feira, 5 de março de 2008
McCain X Alguém
Ontem resisti ao sono enquanto pude para acompanhar os resultados das "primárias" americanas para escolha dos candidatos a suceder Bush jr. As confusas regras e a lenta apuração, porém, impediram saber resultados mais concretos até hoje cedo. No Texas o resultado final ainda está em aberto.
Pelo lado republicano, John McCain logo no início da noite confirmou o óbvio e se tornou o candidato oficial, ao ultrapassar os 1.191 delegados necessários com as vitórias nas prévias de Ohio, Texas, Rhode Island e Vermont.
Senador pelo Arizona e ex-prisioneiro de guerra no Vietnã, McCain é o menos pior dos candidatos republicanos, sendo inclusive rechaçado pela ala ultra-conservadora da direita americana - aquela que acredita em adão e eva e que os dinossauros foram extintos a tiros de winchester por colonos puritanos.
McCain fez uma campanha impressionante, já que não era considerado favorito no fim do ano passado e, em alguns meses, acabou sendo escolhido com relativa facilidade. E vem bem nas pesquisas nacionais: tanto contra Hillary Clinton como contra Barack Obama, o resultado está em empate técnico, o que é muito para quem é o candidato da atual Administração.
Brincando, dá para dizer que McCain venceu a Taça Guanabara, já está na final do Carioca e vai esperar tranquilo o adversário. Enquanto isso, os democratas se engalfinham numa disputa cada vez mais suja.
Ontem, Hillary voltou a vencer depois de doze consecutivas derrotas em prévias. Obama ainda levou Vermont no início da noite, mas em seguida a ex-primeira dama conquistou Rhode Island.
Mais importante ainda foi a vitória em Ohio, por algo em torno de 54% x 44% dos votos. Isso garantirá à Clinton uns 15 delegados a mais, num universo de 141 em disputa no estado.
Analistas atribuem a vitória dela a um imbrólio envolvendo um assessor de Barack com a Embaixada no Canadá. Segundo consta, o assessor teria, por escrito, tranquilizado os canadenses dizendo que a postura do pré-candidato contra o NAFTA era só retórica de campanha. Os cidadãos de Ohio, estado industrial, não gostam do acordo de livre-comércio. Ironicamente, o NAFTA é obra do governo de Bill Clinton...
No Texas, talvez o estado com regras mais complicadas dentre as prévias democratas, Hillary venceu as primárias (votos nas urnas) por uma diferença de 3% dos votos. Mas ainda há o caucus (assembléias de eleitores) sendo apurado, onde tudo indica que Obama sairá vitorioso.
No fim das contas, a diferença entre os dois deve continuar em torno de 150 delegados a favor de Obama. Mas Hillary conquistou 3 dos 4 estados em disputa ontem, o que garante uma enorme vitória psicológica. Ela consegue, assim, reequilibrar um jogo que alguns já consideravam quase perdido.
O partido do burrico vai continuar empacado por alguns meses ainda, pelo jeito, sem decidir seu candidato.
Pelo lado republicano, John McCain logo no início da noite confirmou o óbvio e se tornou o candidato oficial, ao ultrapassar os 1.191 delegados necessários com as vitórias nas prévias de Ohio, Texas, Rhode Island e Vermont.
Senador pelo Arizona e ex-prisioneiro de guerra no Vietnã, McCain é o menos pior dos candidatos republicanos, sendo inclusive rechaçado pela ala ultra-conservadora da direita americana - aquela que acredita em adão e eva e que os dinossauros foram extintos a tiros de winchester por colonos puritanos.
McCain fez uma campanha impressionante, já que não era considerado favorito no fim do ano passado e, em alguns meses, acabou sendo escolhido com relativa facilidade. E vem bem nas pesquisas nacionais: tanto contra Hillary Clinton como contra Barack Obama, o resultado está em empate técnico, o que é muito para quem é o candidato da atual Administração.
Brincando, dá para dizer que McCain venceu a Taça Guanabara, já está na final do Carioca e vai esperar tranquilo o adversário. Enquanto isso, os democratas se engalfinham numa disputa cada vez mais suja.
Ontem, Hillary voltou a vencer depois de doze consecutivas derrotas em prévias. Obama ainda levou Vermont no início da noite, mas em seguida a ex-primeira dama conquistou Rhode Island.
Mais importante ainda foi a vitória em Ohio, por algo em torno de 54% x 44% dos votos. Isso garantirá à Clinton uns 15 delegados a mais, num universo de 141 em disputa no estado.
Analistas atribuem a vitória dela a um imbrólio envolvendo um assessor de Barack com a Embaixada no Canadá. Segundo consta, o assessor teria, por escrito, tranquilizado os canadenses dizendo que a postura do pré-candidato contra o NAFTA era só retórica de campanha. Os cidadãos de Ohio, estado industrial, não gostam do acordo de livre-comércio. Ironicamente, o NAFTA é obra do governo de Bill Clinton...
No Texas, talvez o estado com regras mais complicadas dentre as prévias democratas, Hillary venceu as primárias (votos nas urnas) por uma diferença de 3% dos votos. Mas ainda há o caucus (assembléias de eleitores) sendo apurado, onde tudo indica que Obama sairá vitorioso.
No fim das contas, a diferença entre os dois deve continuar em torno de 150 delegados a favor de Obama. Mas Hillary conquistou 3 dos 4 estados em disputa ontem, o que garante uma enorme vitória psicológica. Ela consegue, assim, reequilibrar um jogo que alguns já consideravam quase perdido.
O partido do burrico vai continuar empacado por alguns meses ainda, pelo jeito, sem decidir seu candidato.
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