quinta-feira, 27 de março de 2008

Eis a figura


D’Elia, o deputado provincial e braço de choque do kirchnerismo, clareou a relação com o chavismo e faz campanha paga pelo presidente venezuelano.
Não é casualidade a cobertura política e econômica que o presidente Kirchner outorgava aos grupos piqueteros, ou melhor.


Diz Luis D’Elia: “Mobilizar o povo, despertar consciências, percorrer o país de ponta a ponta é toda uma atitude. Os líderes piqueteros reivindicam, neste sentido, a estratégia de Simón Bolívar. ‘Somos profundamente bolivarianos’, proclamam os dirigentes, que não ocultam seu convecimento de encabeçar um movimento eminentemente político, acima das questões sindicais ou de conjuntura”. D’Elia, por exemplo, aspira a tornar realidade o sonho da unidade dos dois grandes partidos políticos argentinos. “Que os bons peronistas e os bons radicais, fiéis a Irigoyen e Perón, possam unir-se em uma mesma ferramenta”.
A visão dos novos rebeldes argentinos transcende as fronteiras do país. “Nós queremos a unidade popular para mudar o modelo e fazer outra política, que está em ascenção em toda a América Latina. Os acontecimentos do Equador, onde vai ganhar o movimento indigenista Pachakutik, não são boas notícias para o Império”, concluiu D’Elia em 1999.
Luis D’Elia, líder da Federação da Terra e Moradia, declarou que os piqueteros podem agrupar-se, basicamente, em quatro correntes.

Uma delas, acrescentou, na qual participam sua organização e outros 18 grupos, abandonou os bloqueios de ruas. Em aberto respaldo ao governo do presidente Néstor Kirchner envolve-se, pelo contrário, em ação social e comunitária, como restaurantes populares, cooperativas de trabalho e programas de moradia.
Outro grupo, disse D’Elia, “já não crê na democracia representativa e adere a posturas insurrecionais”. O terceiro setor é formado pelos aderentes da extrema esquerda, e uma quarta aresta apoia a tese de “construir poderes alternativos, de base popular, que com o tempo mudam os poderes existentes”, indicou.
D’Elia explicou que seu setor cifra grandes esperanças “em um novo poder regional, representado por Néstor Kirchner na Argentina, Luiz Inácio Lula da Silva no Brasil, Hugo Chávez na Venezuela, Fidel Castro em Cuba, Evo Morales na Bolívia e o candidato Tabaré Vázquez no Uruguai”. Adverte que o governo de Kirchner apoia a “Revolução Bolivariana” e que a Argentina formalizou um acordo para uma aliança estratégica contra os Estados Unidos, da mão do marxismo latino-americano. Parece uma “senha” política, porém, existe e há dados de informes da Inteligência ignorados, informações que são manejadas pelas FFAA, FFSS, sobre ações insurgentes financiadas pela Venezuela, pelas FARC, assim como pela ETA.

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