domingo, 31 de agosto de 2008

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Direita Romântica X Esquerda Erótica - Capítulo 194

Tudo começou quando a supermodel Carla Bruni quis fazer uma declaração a seu amado Nicolas Sarkozy e aproveitou a ocasião do lançamento de seu (Carla) cd para fazê-lo em forma de canção. Acontece que a  letra da música "Tu Es Ma Came", dizia entre outras coisas "você é mais perigoso que a branquinha colombiana" ("Plus dangereux que la blanche colombienne"), tudo muito inspirado e romântico, claro, mas os colombianos não gostaram muito da comparação:

http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/europe/france/2121573/Carla-Bruni-cocaine-lyrics-spark-row-with-Colombia.html

Carla Bruni não pôde resistir ao charme (?) de Sarkozy.

E mais uma vez Berlusconi, com tempo ocioso no seu presente mandato, resolveu também iniciar uma promissora carreira de compositor com um repertório de músicas românticas no estilo napolitano. 

http://news.bbc.co.uk/2/hi/europe/3230673.stm

  O repertório do cd de Berlusconi é essencialmente romântico.

Ora, ambos estão anos-luz atrás da esquerda, com a criação do Dia do Orgasmo. Sei que vocês chamarão minha atenção para o "Dia Mundial do Orgasmo" (31 de julho). Sustento, porém, que o precedente já existia e foi obra do PT. Mais especificamente na cidade de Esperantina, no nosso querido Estado do Piauí. O autor da façanha foi o vereador Arimatéia Dantas do PT local, que conseguiu aprovar um projeto de lei declarando o dia 9 de maio como o "Dia do Orgasmo". Ele resolveu fazer uma interpretação literal do "hay que endurecer" do Guevara e aplicou o ditado ao campo da sexualidade (sic)

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u74572.shtml

Para completar, o prefeito local chegou até mesmo a convidar a Cicciolina para participar das comemorações:

http://www.meionorte.com/noticias,Cicciolina-e-convidada-para-Dia-do-Orgasmo-em-Esperantina,9411.html

A esquerda também ama. Brejnev cumprimenta fraternalmente Erich Honecker, líder da antiga Alemanha Oriental.

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Enganaram a Wine Spectator

Acho que o Feluc vai gostar dessa:

"A Osteria L’Intrepido di Milano não existe. É um restaurante que saiu da imaginação de Robin Goldstein, um cara que escreve sobre vinhos e que inventou a existência do estabelecimento com a intenção de expor o que ele enxerga como uma falta de rigor de muitos prêmios gastronômicos, informa o Daily Telegraph. Goldstein conseguiu o que queria. A respeitada revista Wine Spectator, umas das mais respeitadas do segmento, mordeu a isca acrescentou a Osteria L’Intrepido à sua lista de restaurantes do mundo que merecem seu “Prêmio de Excelência”. Enganar a revista foi simples: Goldstein criou um site para seu restaurante, pagou a taxa de inscrição (US$ 250) para entrar na “avaliação”, mandou uma cópia do menu e uma bem elaborada carta de vinhos" (do blog Desculpe a Poeira).

Em seu fórum on line a Wine Spectator se justifica, dizendo que ligou para o restaurante (a ligação sempre caía em uma secretária eletrônica), buscou o lugar no Google e achou resenhas sobre ele em um sítio especializado, chamado Chowhound, onde frequentadores discutiam o Osteria (os textos eram falsos e feitos por Goldstein).

A íntegra da matéria do Daily Telegraph pode ser lida aqui e quem quiser pode conferir a carta de vinhos do Osteria aqui.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Texto do Reinaldo Azevedo. Assino embaixo...

De negros, brancos, homens e mulheres no STF, só espero que sejam justos

Lastimável, sob qualquer ponto de vista que queira, a entrevista de Joaquim Barbosa, ministro do Supremo Tribunal Federal à Folha de hoje (ver post da madrugada). Já há gente demais no país criando falsas clivagens entre pobres e ricos, nortistas e sulistas, brancos e negros etc. Não precisávamos que um ministro do STF também o fizesse, movido por um sentimento que não tem cor, origem social, etnia ou sexo: a vaidade.Apelar a questões raciais — ou, no caso, racialistas — é nada mais do que uma forma de vencer um debate ou confronto intelectual mesmo sem ter razão. Se, num dado momento da refrega, um dos lados apela: “Você diz isso só porque sou negro, gordo, mulher, bicha, anão...”, o mérito da questão já ficou a léguas de distância: o objetivo é só silenciar o adversário.Leiam pergunta e resposta:
FOLHA - A mídia o aponta como o ministro que mais se desentende com os colegas. O sr. é uma pessoa de temperamento difícil?
JOAQUIM BARBOSA - Engano pensar que sou uma pessoa que tem dificuldade de relacionamento, uma pessoa difícil. Eu sou uma pessoa altiva, independente e que diz tudo que quer. Se enganaram os que pensavam que, com a minha chegada ao Supremo Tribunal Federal, a Corte iria ter um negro submisso. Isso eu não sou e nunca fui desde a mais tenra idade. E tenho certeza de que é isso que desagrada a tanta gente. No Brasil, o que as pessoas esperam de um negro é exatamente esse comportamento subserviente, submisso. Isso eu combato com todas as armas.A resposta é um desastre. Quem, afinal, esperava um “negro submisso” no Supremo? Eu nunca imaginei, pra começo de conversa, que Barbosa estivesse lá porque é negro. Sempre pensei que o presidente Lula e sua equipe tivessem feito a seguinte consideração: “Olhem, dos candidatos que temos aqui, Joaquim Barbosa é o que tem melhor currículo”. E é negro. Se o petismo pensou em cotas, não sei. Negros como Joaquim Barbosa são 6% da população brasileira. Fosse uma questão de representação, agora eles são 9% do tribunal.Mas um tribunal, suponho, não deve ser pensado assim, não é? Ou o próximo ministro terá de representar os, dizem, 10% de homossexuais — além de equilibrar a representação das mulheres, que deveriam ocupar 5,5 cadeiras no Supremo. Não sendo possível, restaria a questão de arredondar para cima ou para baixo. E outras demandas, à medida que fossem se tornando influentes, teriam de estar espelhadas nop grupo. Não teríamos mais uma corte com aspirações universalistas, mas uma um tribunal balcanizado por demandas estranhas aos autos.Joaquim Barbosa diz que esperavam um negro submisso no tribunal. E atribui certas pendengas em que se envolve ao fato de ser altivo — segundo a sua fala, um negro altivo. Logo, ou atribui essa altivez ao fato de ser negro ou a entende como uma postura defensiva que se associou a tal condições, de sorte que o “ser negro”, num dado momento, se sobrepõe ao “estar juiz”. Muitos diriam: “Mas é claro, ele já era negro antes de ser juiz”. Fato. Mas, para o tribunal, isso não tem — ou não deveria ter — a menor importância.
Outra questãoAgora leiam isto:
BARBOSA - A imprensa se esquece de dizer quais foram as razões pelas quais eu tive certos desentendimentos. Quase sempre foram desentendimentos nos quais eu estava defendendo princípios caros à sociedade brasileira, como o combate à corrupção no próprio Poder Judiciário. Sem aquela briga com o ministro Marco Aurélio, o caso Anaconda não teria condenação e cumprimento de penas pelos réus.Se há alguém que não pode reclamar da imprensa, é Joaquim Barbosa, que teve tantas vezes reconhecidos seus méritos — e isso nada tem a ver com seu temperamento; e seu temperamento nada tem a ver com a sua origem social ou a cor de sua pele — que raça não é. Ademais, não é preciso ser muito bidu para entender, de sua fala, que, no caso da Operação Anaconda, ele teria propugnado pela punição, e seu colega Marco Aurélio, pela impunidade. É isso? Se não é, tem de se explicar. O conjunto da obra é péssimo na boca de um ministro do Supremo. E não parou por aí.
FOLHA - Uma crítica recorrente é que o Supremo favorece as elites. Como o sr. vê essa observação?
BARBOSA - Eu ainda não amadureci a minha reflexão sobre isso. Mas há uma coisa que me perturba, que me deixa desconfortável aqui no tribunal e na Justiça brasileira como um todo. É o fato de que certas elites, certas categorias monopolizam, sim, a agenda dos tribunais. Isso não quer dizer que eu esteja de acordo com a frase de que o tribunal favorece as elites. Monopolizam a agenda.Acima vai o seu pior momento, sintoma da gradual deterioração institucional do país. Membro do Supremo, ele ainda “não amadureceu a reflexão” sobre a acusação de que a corte “favorece as elites”. Ora, a simples dúvida deveria ser o bastante para que ele renunciasse e passasse, então, fora do tribunal, a atacar os seus desvios elitistas. E ele aponta, então, a capacidade das “elites” (sempre elas) de monopolizar o tribunal, conferindo ares de verdade à indagação-afirmação. E dá depois um pé na coerência, sustentando que não concorda com a acusação. Não refletiu o bastante ou não concorda? Não concorda mesmo sem refletir o bastante?Imaginem, só para efeitos de comparação, um juiz da Suprema Corte dos Estados Unidos que sugerisse estar sendo alvo de preconceito racial e que pusesse, ainda que de forma oblíqua, em dúvida decisões do tribunal. Não imaginem. Porque não há a menor chance de que isso venha a acontecer — como também não acontece de um juiz atacar publicamente o voto do outro.Barbosa é negro? E daí? Ainda que fosse verde, nada perdoa a estultice de sua fala. De negros, brancos, mulheres, homens etc no tribunal, ministro, só espero que sejam justos. Até porque, se um negro deve responder com altivez desmesurada a uma suposta expectativa de subserviência, um branco deveria reagir com modéstia excessiva e timidez à expectativa contrária: a da arrogância. Em qualquer dos casos, teríamos maus juízes.

domingo, 24 de agosto de 2008

Por uma delegação do Brasil menor e mais eficiente em 2012!

Parabéns ao companheiro Fetter pelo seu ótimo post sobre as Olimpíadas. Discordo apenas em um pequeno detalhe e já digo qual.

O Brasil levou para Pequim exatos 277 atletas, a maior delegação que já tivemos. Terminamos os Jogos na 23ª posição, com 3 medalhas de ouro, 4 de prata e 8 de bronze (pelo critério mais comum de classificar os países levando em conta primeiro o número de medalhas de ouro. Pelo sistema de número total de medalhas, ficamos em 17º.

Sob nenhum aspecto esse desempenho é louvável. Conquistamos mais ouros em Atenas/2004 (5 medalhas), mais pratas em Sidney/2000 (6 medalhas) e mais bronzes em Atlanta/1996 (9 medalhas). O Brasil conseguiu em Pequim/2008 as mesmas 15 medalhas, no total, que havía obtido em Atlanta, só que com apenas 225 atletas.

A Geórgia, li outro dia, levou para Pequim uma delegação de apenas 35 membros e com ela conquistou 6 medalhas no total, metade douradas. É o mesmo número de medalhas de ouro que o Brasil. Quênia e Etiópia, exemplos do Fetter de países sem recursos mas com bom desempenho, terminaram os Jogos com 5 e 4 medalhas de ouro, respectivamente, todos conquistados em atletismo.

São exemplos de países que reconhecem suas fragilidades e qualidades, investindo onde podem obter retorno. Vejam: a Geórgia conseguiu uma média de 1 medalha para cada 6 atletas, praticamente. O Brasil teve uma média e 1 medalha para cada 18 atletas.

Nossa delegação de quase 300 atletas é, sim, expressiva. E até excessiva, quando vemos que não sabemos gastar o pouco dinheiro que investimos em esportes olímpicos. Esse índice de aproveitamento de 0,05 medalha por atleta é a prova disso.

O esporte de alto rendimento é hoje um negócio e deve ser assim encarado. O dinheiro deve ser aplicado em modalidades e atletas com taxas de retorno de menor risco. Não confundamos esporte de nivel olímpico com esporte-integração, esporte-cultura, esporte-desenvolvimento social.

Assim, penso diferente do Fetter por acreditar que daqui a quatro anos seria melhor termos uma delegação reduzida mas eficiente e bem preparada -inclusive psicologicamente, vejam o bem que levar uma psicóloga desportiva fez ao vôlei feminino.

Somos uma potência média-baixa em Olimpíadas (afinal há uns 180 países com desempenho pior que o nosso) e foram nossos delírios de grandeza, aliados a um COB inepto, que nos fizeram patinar em resultados nos últimos 12 anos.

Cuba e Grã-Bretanha

Dois desempenhos que chamaram a atenção em Pequim, por razões opostas: Cuba, apesar de ter totalizado expressivas 24 medalhas, obteve apenas 2 de ouro, somando ainda 11 de prata e 11 de bronze. Há quatro anos, em Atenas, tinham sido 27 medalhas, sendo 9 de ouro, 7 de prata e 11 de bronze. O resultado cubano em Pequim representa o menor número de ouros desde o México/1968.

Já a Grã-Bretanha teve seu melhor desempenho desde 1908, conseguindo 19 de ouro e 47 no total, perdendo o terceiro lugar para a Rússia nos últimos dias. Os britânicos vinham de dois décimos lugares nos Jogos de 2000 e 2004, vale lembrar. Sinal que o país já está se preparando para receber as Olimpíadas de 2012, em Londres.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Desculpas ao esporte e aos atletas brasileiros

Por RONALDO PACHECO DE 0LIVEIRA FILHO* -

professor da Secretaria de Educação do DF (cedido à UnB) e da Universidade Católica de Brasília.

Desculpem pela falta de espaços esportivos nas escolas;

Pela falta de professores de educação física nas séries iniciais;

Pelas escolinhas mercantilizadas que buscam quantidade de clientes e não qualidade de aprendizagem;

Desculpem pela falta de incentivo na base;

Desculpem pela falta de praças esportivas;

Desculpem pelo discurso de que "o esporte serve para tirar a criança da rua" (é muito pouco se for só isso!);

Desculpem pela violência nas ruas que impede jovens de brincar livremente, tirando deles a oportunidade de vivenciar experiências motoras;

Desculpem se muito cedo lhe tiraram o "esporte-brincadeira" e lhe impuseram o "esporte-profissão";

Desculpem pelo investimento apenas na fase adulta quando já conseguiram provar que valia a pena;

Desculpem pelas centenas de talentos desperdiçados por não terem condições mínimas de pagar um transporte para ir ao treino, de se alimentar adequadamente, ou de pagar um "exame de faixa";

Desculpem por não permitirmos que estudem para poder se dedicar integralmente aos treinos.

Desculpem pelo sacrifício imposto aos seus pais que dedicaram seus poucos recursos para investir em algo que deveria ser oferecido gratuitamente;

Desculpem levá-los a acreditar que o esporte é uma das poucas maneiras de ascensão social para a classe menos favorecida no nosso país;

Desculpem pela incompetência dos nossos dirigentes esportivos;

Desculpem pelos dirigentes que se eternizam no poder sem apresentar novas propostas;

Desculpem pelos dirigentes que desviam verbas em benefício próprio;

Desculpem pela falta de uma política nacional voltada para o esporte;

Desculpem por só nos preocuparmos com leis voltadas para o futebol (Lei Zico, Lei Pelé, etc.);

Desculpem se a única lei que conhecem ligada ao esporte é a "Lei do Gérson" (coitado do Gérson);

Desculpem pelos secretários de esporte de "ocasião", cujas escolhas visam atender apenas, promessas de ocupação de espaços político-partidários (e com pouca verba no orçamento);

Desculpem pelos políticos que os recebem antes ou após grandes feitos (apenas os vencedores) para usá-los como instrumento de marketing político;

Desculpem por pensar em organizar "Olimpíadas" se ainda não conseguimos organizar nossos ministérios; nossas secretarias, nossas federações, nossa legislação esportiva;

Desculpem por forçá-los, contra a vontade, a se "exilarem" no exterior caso pretendem se aprimorar no esporte;

Desculpem pela cobrança indevida de parte da imprensa que pouco conhece e opina pelo senso comum.


Desculpem o povo brasileiro carente de ídolos e líderes por depositar em vocês toda a sua esperança;

Desculpem pela nossa paixão pelo esporte, que como toda paixão, nem sempre é baseada na razão;

Desculpem por levá-los do céu ao inferno em cada competição, pela expectativa criada;

Desculpem pelo rápido esquecimento quando partimos em busca de novos ídolos;

Desculpem pelas lágrimas na derrota, ou na vitória, pois é a forma que temos para extravasar o inexplicável orgulho de ser brasileiro e de, apesar de tudo, acreditar que um dia ainda estaremos entre os grandes.

Extraído do Blog do Juca Kfouri

Dicas para as próximas Olimpíadas (todas)

Atenção, este post deve ser lido ao som de “Machines”, da trilha sonora feita por Giorgio Moroder, nos anos 80, para o filme Metropolis de Fritz Lang.

As Olimpíadas acabaram ? não ? mas quase, não vamos perder tempo e vamos falar a respeito.

A Olimpíada é a consagração de qualquer atleta. Não adianta fazer o melhor tempo, ter a melhor nota ou a melhor marca nas etapas mundiais de Omsk, Aral ou Dudinka e fazer feio no momento da Olimpíada.

Aliás Olimpíada não é lugar de tomar tombo na ginástica. Também não é o melhor momento para fazer uma marca inferior àquelas que o atleta já obteve ao longo dos últimos meses. É o momento de, pelo menos, igualar e, se possível, superar os limites.

Não se deve dopar cavalos. Não basta o animal ter o ridículo nome de “Chup chup” ? Aliás, cadê a Sociedade Protetora dos Animais ? Cadê o escândalo ? Queria ver se fosse um cavalo argentino... iriam fazer um “Globo Repórter” somente sobre o tema.

Um jogo de vôlei de praia pode ser resolvido em dois sets. Agora, caso o segundo set tenha se encerrado e não houver uma dupla vitoriosa, isto significa que acontecerá um terceiro set, porque cada dupla venceu um. Trocando em miúdos, está um a um e o terceiro set será um set de desempate, para o qual a dupla terá de se empenhar.

Na mesma linha, uma final futebolística pode ser resolvida em noventa minutos. Porém, caso a juíza tenha encerrado o certame e por acaso este fique empatado, ou seja, algo do tipo 1x1 ou 2x2, haverá uma prorrogação de trinta minutos. Nesta prorrogação, todas as pedaladas, embaixadinhas, dribles desconcertantes e piques rapidíssimos feitos no tempo normal de nada valerão. A competição é decidida pelo número de gols, não de piruetas. Piruetas, aliás, decidem outras modalidades, sobretudo se o atleta não se estabacar no chão.

Idade não é desculpa, Nádia Comaneci ganhou três ouros, uma prata e um bronze nas Olimpíadas de 76. Ela contava com 15 anos de idade.

Pobreza não é desculpa. Quênia e Etiópia estão na nossa frente em conquistas de medalhas de ouro.

O Dunga não é desculpa. A seleção brasileira de futebol já fez maravilhas mesmo sem um bom técnico.

Aliás, chega de desculpas furadas ! Chega de oba-oba ! Os problemas existem e são estruturais. Por que ninguém enfrenta as reais causas de nossos pífios resultados ? quem irá mexer nas feridas do basquete ? do futebol ? quando teremos uma delegação digna de uma das maiores nações do planeta, capaz de disputar medalhas em várias modalidades ? Até quando dependeremos de um ou outro iluminado, para que a Olimpíada traga alguma alegria e orgulho para este povo ?

Sim, por que encheu-se a boca para se falar da MAIOR delegação que o Brasil já levou em todos os tempos, pouco mais de 200 pessoas. Apenas não se deu atenção ao fato de não ser um número expressivo. Veja AQUI a lista das maiores delegações e pense. Não é hora de investir pesadamente no esporte e na cultura ? Não está na hora de se fazer um plano de médio e longo prazo no sentido de aumentar não só a delegação brasileira, mas também os bons resultados ?

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Uma Revelação Olímpica

Esqueçam essa conversa de natação. Se Deus quisesse que os homens nadassem teria providenciado barbatanas ao invés de pernas. Esporte é atletismo e, por enquanto, a maior revelação desta olimpíada vem do arremesso de dardo e é do Paraguai .

 Quem é "Dunga"?

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Pediram para sair

Estadão, dia 11 de agosto:

"Eu, Sueli Miranda de Carvalho Silva, venho, por meio destas linhas, agradecer os idealizadores do Bolsa-Família, os anos que fui beneficiada. Ajudou-me na mesa, o pão de cada dia. Agora, empregada estou e quero que outro sinta o mesmo prazer que eu, de todo mês ser beneficiada. Obrigado."

Com essa cartinha, enviada à coordenação municipal do Programa Bolsa-Família em Belo Horizonte, a ajudante de serviços gerais Sueli Miranda, de 47 anos, pediu dias atrás seu desligamento. Mãe de quatro filhos, moradora do bairro Jaqueline, na periferia da capital mineira e com uma renda familiar mensal de R$ 200, há um ano e meio ela recebia R$ 122 de ajuda do programa de transferência de renda. Agora, recém-contratada por uma revenda de automóveis e "fichada", como ela diz, ao se referir ao registro em carteira profissional, acha que deve deixar a vaga para alguém mais precisado.

A cartinha foi festejada na coordenação municipal do programa, que despachou uma cópia para Brasília, para a sede do Ministério do Desenvolvimento Social - o quartel-general do programa que atende 11,2 milhões de famílias, distribuídas por todos os municípios brasileiros. Lá, o caso de Sueli ajudou a engrossar uma estatística que soa como música aos ouvidos do ministro Patrus Ananias: recém-atualizada, ela mostra que desde a criação do programa, em 2004, um total de 60.165 famílias pediram voluntariamente seu desligamento.

Assumindo

O São Paulo F.C., em parceria com sua empresa fornecedora de material esportivo, lançou a camisa ao lado faz uns dois meses. Ela está esgotada na loja oficial do clube, mas ainda é possível achá-la no Mercado Livre.

A frase na camisa é o título de um "clássico gay" cantado por Gloria Gaynor. I am what I am foi, inclusive, recentemente eleita a 11ª música mais gay de todos os tempos por um website australiano.

Conclusão: se um dia "porco" era pejorativo mas hoje é usado pela torcida do Palmeiras com orgulho, não vai demorar para os são-paulinos se intitularem "bambis" com todo orgulho.

Constatação óbvia quando da derrota:

"O Dunga não é técnico nem aqui nem na China"

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

E Quando A Gente Achava Que Já Tinha Visto De Tudo...


Vocês não vão acreditar quem se revelou o mais recente defensor intransigente das relações monogâmicas, ver para crer.

http://www.thespec.com/News/CanadaWorld/article/414572

A disputa no quadro de medalhas

Desfile de abertura em Atenas, 1896

Muito se tem dito na imprensa sobre a já quase certa vitória da China sobre os EUA no quadro de medalhas dessas Olimpíadas.

Dentro da história dos Jogos Olímpicos modernos é mesmo um fato de destaque. Até Atenas, em 2004, apenas cinco países diferentes lideraram o quadro de medalhas, sendo que EUA e URSS estiveram na frente em 22 das 25 edições.

Com a iminente derrota, cai uma hegemonia americana que durava 12 anos, ou três edições. Mas essa sequência de vitórias não foi a maior dos EUA na história dos Jogos. Ao vencer as Olimpíadas de Berlim, em 1936, a Alemanha quebrou uma "invencibilidade" de cinco edições. Então, a última vez que os EUA não haviam liderado o quadro de medalhas fora em 1908, em Londres.

Em 1952 a URSS se destacava no quadro de medalhas pela primeira vez, conseguindo ficar na segunda posição. Era o início de uma disputa com os EUA que duraria quarenta anos, com os países repetindo no esporte a Guerra Fria. Já nas Olímpiadas seguintes os soviéticos venciam pela primeira vez.

A partir dos anos 70 e até o fim da URSS, o domínio foi inteiramente soviético - com exceção das Olimpíadas de 1984, quando os países da "cortina de ferro" boicotaram os Jogos de Los Angeles.

Em 1976 e 1988 os EUA sequer pegaram o segundo lugar, tendo sido superados pela então Alemanha Oriental em ambas as edições.

Em 1992, competindo como Comunidade de Estados Independentes, os antigos países da URSS venceram os Jogos pela última vez. A Rússia perdeu o segundo posto na edição de 2004 e este ano está, até agora, num modesto sexto lugar (a Rússia se recuperou nos últimos dias e terminou os Jogos em terceiro lugar - atualização de 24.08.08)

Abaixo a lista com os vencedores de cada uma das edições das Olimpíadas:

EUA - 1896, 1904, 1912, 1920, 1924, 1928, 1932, 1948, 1952, 1964, 1968, 1984, 1996, 2000, 2004
FRANÇA - 1900
REINO UNIDO - 1908
ALEMANHA - 1936
URSS - 1956, 1960, 1972, 1976, 1980, 1988, 1992 (como CEI)

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Galã de novela 'provoca divórcios' na Arábia Saudita



Da BBC Brasil:

Na Arábia Saudita, os jornais dizem que muitos casais estariam pedindo divórcio depois que o galã de uma delas começou a virar a cabeça das mulheres e a enfurecer os maridos.

Segundo o jornal Saudi Gazette, o pivô da discórdia seria o protagonista de Nour, vivido pelo galã turco Kivanç Tatlitu (um Justin Timberlake melhorado, segundo a imprensa saudita), que cativou os corações femininos por ser um marido dedicado e ao mesmo tempo romântico.
“Ao comparar seus maridos com o personagem, muitas mulheres estão pedindo o fim de seus casamentos”, diz o jornal.

Ainda segundo o diário, muitos maridos, por sua vez, estão entrando com pedido de divórcio após encontrar fotos do ator nos telefones celulares e nos pertences de suas esposas.

Eles ainda argumentam que suas mulheres não cumprem mais com as obrigações domésticas para assistir à novela.
Leia tudo AQUI

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Música com M maiúsculo - Capítulo VI

Em um triste início de século em que o termo "dupla" imediatamente é associado ao termo "sertaneja", trago um tema composto por João Bosco e Aldir Blanc, dupla não sertaneja que dispensa apresentações. É um dos grandes "encontros" da MPB, autores de incontáveis clássicos, dos quais destaco o que se segue. Imortalizado por Elis Regina em seu disco "Transversal do Tempo" e gravado mais tarde pelo próprio João Bosco e seu violão irrepetível.

O rancho da goiabada
(João Bosco e Aldir Blanc)
Os bóias-frias quando tomam umas biritas
Espantando a tristeza
Sonham com bife-a-cavalo, batata-frita
E a sobremesa
É goiabada cascão com muito queijo
Depois café, cigarro e um beijo
De uma mulata chamada Leonor ou Dagmar
Amar
O rádio de pilha, o fogão jacaré, a marmita, o domingo
O bar
Onde tantos iguais se reúnem e contando mentiras
Pra poder suportar
Ai, são pais-de-santo, paus-de-araras são passistas
São flagelados, são pingentes, balconistas
Palhaços, marcianos, canibais, lírios, pirados
Dançando dormindo de olhos abertos à sombra da alegoria
Dos faraós embalsamados

Hatikva - A Esperança

Este dificimente alguém iria acertar mesmo. É na verdade o Hino de Israel

Aqui vai a letra, em hebraico a transliteração e  em português:

Kol od balevav penimah
Nefesh yehudi homiyah,
Ulfaatei mizrach kadimah
Ayin letzion tzofiyah.
Od lo avdah tikvatenu
Hatikvah bat shnot alpayim,
Lehiyot am chofshi beartzeinu,
Eretz tzion viyerushalayim.
Lehiyot am chofshi beartzeinu,
Eretz tzion viyerushalayim

Enquanto no fundo do coração
Palpitar uma alma judaica,
E em direção ao Oriente
O olhar voltar-se a Sião,
Nossa esperança ainda não estará perdida,
Esperança de dois mil anos:
De ser um povo livre em nossa terra,
A terra de Sião e Jerusalém

Como Israel não é de ganhar muita medalha olímpica e a Seleção Nacional de Israel tem mais ou menos a mesma chance de chegar à final da Copa do Mundo que o time do Botafogo de ganhar a Libertadores, o hino é pouco executado e por isso pouco ouvido. Menção honrosa ao companheiro Feluc, que tentou adivinhar a origem. Um belo hino para um povo heróico. Shalom.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Um Belo Hino Para os Amantes da Música

Concordo plenamente com o artigo postado pelo companheiro Feluc. A maioria dos hinos nacionais é a mesma chatura, quando não descamba para a marcha fúnebre que é o que muitos acham do hino americano (eu não acho aquilo fúnebre, para mim é só medonho).

Por isso mesmo resolvi postar um hino nacional que não é muito conhecido e que é bonito sem parecer uma marcha executada por uma banda militar. Para mim, só perde para a Marselhesa. Será que alguém adivinha? Espero conseguir galvanizar uma concordância, inclusive hermenêutica, em torno do meu senso estético.

http://rapidshare.com/files/136894251/Hino.mp3.html

Para os meus amigos que gostam de música...

And the winning anthem is ...
It took a month to track down every one of the 205 national anthems that might be heard at this year's Olympic games - and Alex Marshall sat through all four and a half hours of them. It's time to reveal the handful that actually do their countries proudAlex Marshall
The Guardian, Monday August 11 2008
It is 8pm on a Tuesday evening, and I am busy annoying the Olympic associations of various Caribbean countries by asking them which national anthem will play if one of their athletes wins gold in Beijing. "You want to know what?" asks the receptionist at the Meat Market - a butcher that happens to share the same phone line as the Virgin Islands Olympic Committee.

"I just want to know if your athletes would listen to the US's anthem or that of the Virgin Islands."

"I don't know, son," she says. "All I know is we ain't gonna win no gold medal."

I have spent the last few weeks making calls like this because I have been trying to track down every single national anthem that might be heard at this year's Olympics. All 205 of them. My plan was to listen to all the anthems - the instrumental versions that you hear at the Olympics - with a music journalist's ear, and rank them; that way I would know who to cheer for. There is no other fair way to compare countries musically. National anthems are the same the world over - a short, classical piece meant to stir up pride. They have got to be boisterous and bombastic, with a tune simple enough that you can shout it whether drunk in a stadium, or drunk in front of the TV.

Little did I know that it would take a month to track down four hours, 26 minutes and 25 seconds of music, or that most of those tunes would be so tedious I would have to limit myself to five a day to stop them putting me ofbrass for life. I also didn't expect the search to create in me an undying hatred for both La Marseillaise (versions of which are used by seven countries) and God Save the Queen (used by three).

And what did I learn from all this? That there are only a dozen anthems that are musically worth listening to - and that most of the countries these belong to do not have a hope of winning a gold in Beijing.

Anthems go back as far as the 1560s, when William of Orange's family decided he needed a song, Het Wilhelmus ("The William"), to accompany his exploits fighting for Dutch independence against the Spanish. It is a peaceful song - calming, even - with a winding melody. In short, it is everything an anthem shouldn't be, which is perhaps why no other country developed an anthem for a good two centuries. God Save the Queen was not performed until 1745, La Marseillaise until 1792, and what is now Germany's - music written by Haydn - until 1797.

With colonialism, anthems spread world- wide, although most were not made official until the 1920s and 1930s. The first time they were used at the Olympics was 1924. But colonialism did not lead to every country adopting the hymns and military marches that pass for anthems in Europe. Three other types developed: folk anthems based on traditional melodies; "the Arab fanfare", common in Middle Eastern countries and consisting of little more than a trumpet flourish; and the Latin American "epic anthems".

The last group are by far the most fun. Most of them last over four minutes and are set out like mini operas. They have a rollicking opening section, in which each part of the brass section tries to outplay the others, a melodramatic, meandering middle section - oboes and flutes dominate - and an over-the-top finish.

All of which background is pretty irrelevant, as from listening to 205 of them I have realised there are actually just two types of anthem: the perfunctory, lifeless ones, and those that make the effort to be different. Shame that 190 fall into the first group.

Antigua's, for example, is a school assembly tune, not an anthem, while Sri Lanka's sounds like a nursery rhyme. There are dull military marches such as Malta's and Burkina Faso's, and dull hymns like Zambia's and Malaysia's. Whoever wrote them seemed to be aiming solely for a tune simple enough that parents could teach it to their children on a recorder.

The other big disappointment with the majority of anthems is that no matter which country they come from, they sound like they were written by a band leader from the Royal Navy. There are no cha-cha-cha rhythms in Cuba's anthem, no highlife guitars in Ghana's.

"There are historical reasons for this," says Derek Scott, professor of critical musicology at Leeds University. "The UK's was the first real national anthem in 1745. And it was adopted by dozens of other countries: Sweden, Germany, even Russia at one point. The idea developed that it was only the words that were important in expressing national character. The tune to God Save the Queen was seen as meaning 'national anthem' and the words were what made it appropriate to each country."

People know what a national anthem is supposed to sound like - a western military march - so they make sure theirs sounds the same. "Countries use anthems to put themselves on the world stage," he says.

In spite of this, there are a handful of anthems that do stand out - either because they use non-western instruments, scales and tunes, or because they take a western anthem and then toy with it, making it solemn or funny, and entirely their own. Most of the "Stans" of central Asia have anthems that sound like they could not have come from anywhere apart from former Soviet states. They trudge along in minor keys, filled with imposing strings and booming drums, as if written to accompany armies clambering into battle.

Then there are Nepal's, Senegal's and Nigeria's, all of which make use of local instruments. Senegal's is even called "Strum your koras, strike your balafons" after the instruments that play it. Guinea's, a military march, inexplicably has

a 10-second "polka break" halfway through. Burundi's does a similar trick, turning into the soundtrack from a Bruce Lee film for 10 seconds before realising that perhaps it wasn't the best idea after all.

When you hear tunes like these, which are genuinely different and exciting - world music fans would be lapping them up if they didn't know they were anthems - it makes you wonder why others do not follow their example. But will you actually hear any of these at the Olympics? Well, Japan's should

get several airings - look out, in particular, for Kosuke Kitajima in the 200m men's breast-stroke - but none of the others has actually won gold in either of the last two Olympics, so it's unlikely. "We only have six athletes going to

Beijing and they didn't actually qualify," says a spokesman for Bangladesh's Olympic association. Surely, then, all the more reason to cheer them for their music.

Be Upstanding: The ten best national anthems

Uruguay: National anthem

One of the most euphoric pieces of classical music I've ever heard. Banks of trumpets play crescendos to false endings - for five minutes. But somehow it works.

Bangladesh: My Golden Bengal

A wonderful anthem that sounds like it was written for a stroll along the Seine. It really needs Jacques Brel. Which is probably not what the Bangladeshi composer had in mind.

Tajikistan: National anthem

Written when the country was part of the USSR, it sounds like the music that plays in James Bond films when a Russian spy is about to cut off Bond's manhood. It doesn't try to soar, but frighten, and it's all the better for it.

Mauritania: National anthem

A trip into the heart of the souk, albeit a menacing one. The melody is so unusual that most Mauritanian's can't sing along to it, so pretend it doesn't have any words.

Dominica: Isle of Beauty, Isle of Splendour

A simple, spiralling melody stuck on repeat for 47 seconds, but there's such movement and elegance to it. Don't confuse with the Dominican Republic's, which is wretched.

US Virgin Isles: Virgin Islands March

It's Mary Poppins! One of the few anthems to literally pull out all the bells and whistles. This should be a soundtrack to a kid's film.

Senegal: Strum Your Koras, Strike Your Balafons

How can an anthem that name checks two local instruments in its title - a harp and a xylophone - be any less than brilliant? It's really two tunes - the first twinkles, the second strolls. But both are amazing.

Nigeria: Arise O Compatriots, Nigeria's Call Obey

Written in 1978 by the Nigerian Police Band, this should be an awful march. Fortunately it features relentless afrobeat percussion, which makes any tune outstanding.

Nepal: Hundreds of Flowers

Adopted last year, when Nepal's House of Representatives threw out the old, western-style anthem. This folk melody on strings and hand drums sounds like slowed-down bhangra. Shame it's probably unplayable by brass, so unlikely to be heard outside Nepal.

Japan: May Your Reign Last Forever

Solemn. So much so, it'll have you thinking of everyone you've lost for its duration. Rarely does an anthem carry such weight.

What's your favourite anthem? Have your say on the music blog.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Professor Lucas Rocha Furtado Em Plena Recuperação

Tenho uma boa notícia para vocês que são amigos ou foram alunos do Lucas. Fiz uma pesquisa na internet hoje e saiu uma notícia no sítio do Claudio Humberto (aquele do "bateu, levou") hoje, dia 11 de agosto. A íntegra da notícia é:

"11/08/2008 | 00:00
Recuperação

O procurador-geral do Tribunal de Contas da União, Lucas Rocha Furtado, se recupera bem do acidente vascular cerebral que sofreu em fevereiro. Amigos e familiares acreditam em seu retorno ao trabalho em 2009."

Então, finalmente uma boa notícia só para variar um pouco. Faço votos então que ele se recupere logo e possa voltar  à ativa o mais rapidamente possível. 



Coisa Séria - Por José Roberto Torero

Extraído de http://www.revistadobrasil.net/cronica.htm

Sexta-feira, 8 da noite. O Bar Bitúrico estava lotado. Andando entre as mesas podia-se ouvir cantadas fracassadas, mentiras deslavadas, gente xingando o patrão, reclamando da sogra ou discutindo política. Este era o caso de três amigos: Água Benta, Social e Gérson.
Gérson, na verdade, chama-se Redernílson, mas ninguém já nem lembra disso. Ele recebeu esse apelido porque fumava cigarro Vila Rica e vivia repetindo: “Gosto de levar vantagem em tudo, certo?”
Água Benta passou a ser chamado assim quando entrou na igreja para parar de beber. Tornou-se evangélico, mas não largou totalmente a bebida: “Se Deus folgou no sábado, eu posso beber na sexta.”
Quanto a Social, há divergências. Uns dizem que é porque ele foi ascensorista por muito tempo. Outros, porque a única parte que lia dos jornais era a coluna social.
Gérson deu o pontapé inicial:
– E aí, em quem vocês vão votar para prefeito?
– Política e religião não se discute! Vou votar no bispo da minha igreja e pronto –, disparou Água Benta.
– Agora ele vai cobrar dízimo das empreiteiras –, comentou maldosamente Social.
Indignado, Água Benta contra-atacou: – Pode falar o que quiser, mas o bispo é melhor que os seus candidatos. E provocou: – Este ano você vai votar em cantor, atriz ou jogador de futebol?
– O Social vota pelo guarda-roupa. Por ele, quem tiver o melhor terno, ganha –, emendou Gérson.
– Em política tem que ter classe. Vou votar num pobretão que nem eu? –, devolveu Social. – E você, Gérson?
– Eu o quê?
– Vota em quem?
– Voto é secreto.
– Que nem a conta de seu candidato na Suíça, né? Vai votar nele de novo, que eu sei.
– Ele rouba mas faz.
– Fez o quê até agora?
– Ajeitou aquele cargo pra Matilde no almoxarifado da Câmara.
– Bem que o lema dele é “emprego para todos”. Para todos os amigos. Quantos processos ele tem mesmo? Mais de 20, né? –, cutuca Social.
Água Benta socorre o amigo: – Também não vamos exagerar. É que nem o bispo diz, “perfeito só Deus”. Quem nunca cometeu um pecado?
– Ô, garçom! –, gritou Gérson.
– O garçom nunca cometeu um pecado –, perguntou Social.
– Chope sem espuma é pecado –, disse Água Benta.
– Não. Estava chamando o garçom. E o meu candidato tem um monte de processos, sim. Mas alguém provou alguma coisa? Ô, garçom!
– O garçom provou?”
– Não, estou chamando o cara. Ele esqueceu da gente mesmo!
Todos fazem sinal para o garçom, mas ele passa alheio ao grupo, com aquele olhar perdido no horizonte que só os garçons e as modelos conseguem fazer. Água Benta volta ao assunto: – O problema é que brasileiro não sabe valorizar o voto.
– É verdade –, concordou Social.
– Mas comigo não tem isso –, disse Gérson, orgulhoso. – Eu valorizo muito o meu voto. Tanto que o deste ano vai valer um alvará pro meu negócio.
– Já que você vai vender o seu voto, pelo menos cobre adiantado. Antes da eleição é aperto de mão pra lá e cá. Depois? Um abraço! – alertou Social.
– É isso mesmo. Um sujeito que conheci num retiro da igreja no interior contou que está esperando até hoje o pé direito do tênis que prometeram pra ele – lembrou Água Benta.
– Quem prometeu?
– Jesus Cristo!
– Jesus Cristo?
– Não, foi uma exclamação. É que o garçom está vindo pra cá. Até que enfim!
O garçom chega à mesa. – E aí, vão de quê?
– Três chopes.
– Querem um tira-gosto?
– Traz o cardápio.
– É. Não escolho nada no escuro.
– Nem eu. Deus me livre e guarde!
– Tira-gosto é coisa séria.

Incrível! Imperdível! O Acontecimento Mais Esperado do Ano!

Ultrapassando os limites da imaginação como nenhum filme de ficção científica ousou fazer

Mais horripilante que um filme de horror

Com tudo para ser o próximo sucesso em Brasília:

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O DIREITO ACHADO NA LUA

Estrelando: o MST

Em cenas exclusivas de bloqueio de estradas, sensacionais tomadas de  destruição de propriedades rurais e queima de plantações e máquinas agrícolas! Espancamento de empregados de fazendas! Um show de pirotecnia rural em pleno Século XXI!

Direção: José Geraldo de Souza Jr.

Em breve, em uma reitoria perto de sua casa.

Deixem-me explicar para quem ainda não entendeu. O José Geraldo é candidato a reitor da Unb. Ele já manifestou-se favorável à criação de turmas exclusivas para o MST na Unb. Quem sabe ele não ganha e cria uma turma exclusiva para o MST no Direito  também, ora por quê não? Afinal  de contas, como diz o próprio José Geraldo (vide artigo abaixo), "o MST conseguiu galvanizar uma concordância, inclusive hermenêutica, em alguns editoriais e em muitas homilias de uma teologia ainda solidária com a pobreza."

"Quem sabe faz a hora, não espera o MST" (Fetter, poeta e militante em prol dos corações partidos)

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Esquerda Burra X Direita Carcomida - Capítulo No 225

Neste mês já tivemos pelo menos duas grandes contribuições ao anedotário do bestiário político internacional.

Primeiro foi a direita carcomida. Berlusconi, aparentemente sem ter muito o que fazer no seu presente mandato, resolveu alterar o quadro que fica no gabinete onde recebe chefes de Estado estrangeiros, já que o quadro original, que já existe há 254 anos, "distraía" as pessoas que compareciam ao seu gabinete. 

http://www.telegraph.co.uk/news/worldnews/europe/italy/2496941/Silvio-Berlusconi-covers-up-distracting-breasts-in-painting.html

Para não ficar atrás no quesito  debilidade mental, a esquerda burra agiu prontamente, através do companheiro Hugo Chávez, o qual aproveitou o seu programa em cadeia nacional de televisão para relatar ao mundo os seus problemas intestinais:

http://www.estadao.com.br/internacional/not_int218660,0.htm

         "Enfrentar o imperalismo ianque não é nada, duro  é o bafo quente na nuca" H. Chávez, político e pensador caribenho.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

O Terrorista da Asa Morte (Antiga "Asa Norte")


Veja ilustre blogueiro
que belo tipo guerrilheiro
 o senhor tem aqui ao lado
e, no entanto, acredite
quase foi extraditado
salvou-o a condição de exilado.




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Quem seria a simpática e sorridente figura na foto acima, vestindo boné das Farc e camiseta das Farc? Com certeza um membro das Farc, não é? Pois o nosso governo decidiu que Francisco Cadena Colazzos, mais conhecido como o "Padre" Olivério Medina é na verdade um inocente refugiado político (ao contrário daqueles pugilistas "desertores" cubanos, que foram prontamente devolvidos aos carrascos do PC de Cuba), e está agora tranquilamente vivendo na Asa Norte, em Brasília, gozando da liberdade e da proteção das leis do país.

Mas, esperem... Parece que finalmente os nossos congressistas, cansados de ouvir discursos uns dos outros (como o de Pedro Simon homenageando Guevara) resolveram saber mais sobre o moçoilo, e querem ouvi-lo na Comissão de Segurança da Câmara, segundo nos informa o blógui de Josias de Souza:

http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/

Quem sabe agora o nosso Olivério poderá explicar para todo mundo por quê, sendo ele procurado por sequestro e terrorismo na Colômbia, conseguiu se transformar em refugiado político no Brasil?

FSP, hoje.

JOÃO PEREIRA COUTINHO
Mil perdões
A culpa morre com os verdadeiros culpados e, no caso da escravatura, morreu no século 19
NUNCA ENTENDI democracias civilizadas que começam a pedir desculpas por crimes passados. O Ocidente traficou escravos durante uma parte generosa do período moderno?Fato. Vergonhoso fato. Mas essas dinâmicas de conquista e exploração não são e nunca foram uma exclusividade ocidental. O "colonialismo" é uma constante na história da humanidade e nenhum canto do mundo é totalmente inocente se começarmos a recuar no tempo.A Europa colonizou a África, sim. Mas só depois da África ter colonizado a Europa. E só depois da Ásia ter colonizado a Europa. E só depois de Roma ter caído às mãos dos bárbaros. E só depois da Grécia ter sido conquistada por Roma. O processo não tem fim e esse recuo demencial levar-nos-ia até ao momento em que o primeiro hominídeo explorou o parceiro nos trabalhos das cavernas.A culpa não é hereditária; ela morre com os verdadeiros culpados. E, no caso da escravatura, ela morreu no século 19. Porque aquilo que é singular na história do Ocidente não é a escravatura. É, pelo contrário, o esforço que o Ocidente anglo-cristão fez para a abolir. A escravatura continua na África. Continua na Ásia. Continua até na América Latina. E, por incrível que pareça, existem hoje mais escravos do que em qualquer outro período histórico. Os trabalhos recentes de E. Benjamin Skinner são, a este respeito, ilustrativos.Infelizmente, a Câmara dos Representantes não concorda. E, em resolução histórica, esse órgão do governo federal americano resolveu pedir perdão aos negros pela escravatura e pela segregação racial. Entendo que os Estados Unidos sintam vergonha pelas leis segregacionistas que vigoravam meio século atrás: como compreender essa desvergonha em pleno século 20?Mas pedir desculpas pela escravatura é ilógico e até imbecil. O jornalista David Horowitz, um especialista nestas matérias, tem explicado por quê. Começa por ser ilógico e imbecil porque também existe participação negra no processo: se os brancos transportavam escravos para o Novo Mundo, é preciso questionar quem os capturava e vendia na África. E, além disso, é preciso não esquecer que, nos Estados Unidos pré-1865, ou seja, antes da abolição, havia também milhares de negros entre os proprietários de escravos. Ironia sinistra: pedir desculpas aos negros pela escravatura também é pedir desculpas aos antigos proprietários de escravos. A história da escravatura nos Estados Unidos não é, ao contrário do que imaginam as patrulhas da correção, uma história em preto-e-branco.Além disso, um país que travou uma Guerra Civil invulgarmente traumática em nome da libertação dos escravos já saldou a sua dívida há muito tempo. Meio milhão de americanos, e sobretudo de americanos brancos, tombou nos campos de batalha entre 1861 e 1865. Pessoalmente, não conheço maior pedido de desculpas.E hoje? Hoje, a Câmara dos Representantes afirma que a escravatura e a segregação racial contribuíram para o estatuto secundário que os negros americanos ocupam nos Estados Unidos.A afirmação não seria tão cômica se, por ironia do destino, um negro não fosse o favorito para ocupar a Casa Branca. Mas, esquecendo esse pormenor, existe um outro pormenor ainda mais perverso: a situação dos negros americanos é invulgarmente melhor do que a situação atual dos habitantes da África, um continente devastado pela guerra, pela pobreza, pela doença e pela corrupção dos seus governantes.Entre ficar nos EUA ou regressar ao Sudão, à Somália, ao Zimbabwe e a outras terras dos seus antepassados, aposto que os negros americanos não hesitariam na escolha.

domingo, 3 de agosto de 2008

Mascote 2014 - Uma Proposta Alternativa

O companheiro Fetter, com a antecipação de sempre, lançou ao debate a  questão da escolha da mascote para a Copa de 2014. Concordo plenamente com a rejeição a mascotes tais como o Cauê, sem carisma e sem nenhuma graça.

Por isso mesmo estou lançando a minha proposta de mascote para as olimpíadas:


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É isso mesmo, a popular buzanfa, a preferência nacional.  Qual outro símbolo expressa melhor a alma do brasileiro? Aquilo que realmente o comove? O seu pensamento mais sublime? É a cara do povo brasileiro!

Além disso, não seria necessário o pagamento de nenhum direito autoral (a não ser que a dona da buzanfa fosse identificável, o que, aliás, já ocorreu no Rio de Janeiro). A minha idéia, aliás, não tem nada de novo, além de já ter sido adotada em cartões postais e posters de agências governamentais, tais como o  abaixo:

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Conclamo então, os demais membros do blógui a se manifestarem sobre esta questão que ora nos aflige. Qual seria a melhor mascote, o símbolo da Copa de 2014?

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Famílias brasileiras de expressão já manifestaram sua preferência pela proposta de Felix.

Saci - O Mascote de 2014 ???


O jornalista e escritor Mouzar Benedito, lançou uma idéia: o Saci para mascote da Copa de 2014 no Brasil, nos termos abaixo:

“Antes que os marketeiros e lobistas inventem um mascote besta que nem o tal do Cauê, aquele sol esquisito dos Jogos Panamericanos no Rio, precisamos lançar o nosso Saci”, justifica ele.

E por que o Saci? Eis alguns argumentos:


"Primeiro, não seria preciso pagar direitos autorais a ninguém. No máximo, o que poderia ser feito é um concurso entre cartunistas para escolher o melhor desenho.

O Saci é a síntese da formação do povo brasileiro. É o mito mais popular, o único conhecido no Brasil inteiro. É o típico brasileiro: mesmo pelado e deficiente físico, é brincalhão e gozador.

Como todos os mitos de origem indígena, é defensor do meio ambiente. No início, era um indiozinho protetor da floresta. Tinha duas pernas. Depois foi adotado pelos negros e virou negro.

A perda de uma perna tem várias histórias. Uma delas é que ele foi escravizado, ficou preso pela perna, com grilhões e cortou a perna presa. Preferiu ser um perneta livre que escravo com duas pernas. É um libertário, então.

Dos brancos, ganhou o gorrinho vermelho, presente em vários mitos europeus. O gorrinho vermelho era também usado pelos republicanos, durante a Revolução Francesa. Na Roma antiga, os escravos que se libertavam ganhavam um gorrinho vermelho chamado píleo.

Já pensou o Saci em camisetas do mundo inteiro? Ele provocaria muito interesse de outros povos para a cultura popular brasileira. Coisa que esses símbolos bestas, como o dos Jogos Panamericanos, não fazem.

Está lançada a campanha."

O Juca Kfouri não gostou da idéia, como se vê em seu post de 31/07, intitulado "Saci não, Ricardão", endereçado ao "Suserano" da CBF, Ricardo Teixeira.


Sei que todos os colegas-blogueiros aqui presentes e ausentes dirão que meu apoio estará intimamente ligado ao fato de o Saci ser o personagem-símbolo que meu querido Internacional de Porto Alegre. Mas isto não é verdade. Perguntem ao Câmara Cascudo, perguntem ao Monteiro Lobato, perguntem ao Ziraldo... o grito será um só: "a e i, queremos o Saci!"