quarta-feira, 28 de julho de 2010

Aumenta o Número de Vítimas do Trânsito na Jamaica




Cattuspress, urgente! O Departamento de Trânsito da Jamaica publicou nota divulgando o grande aumento no índice de vítimas de acidentes de trânsito no país. A causa dos acidentes pode ser facilmente constatada pelas fotos abaixo:



















Viram só? Na Jamaica ninguém usa capacete!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Na Mosca!


A beldade é Anita Ekberg






É verdade que as pessoas mudam um pouco com a passagem do tempo:

Anita Ekberg na década de 60



Anita Ekberg em 2010



Anita Ekberg em 2015


Essa nem o Feluc, que é Felliniano de carteirinha eu achava que iria acertar. Parabéns ao colega Filipe pelos seus conhecimentos cinematográficos.

Pirâmides


Obviamente não concordo com a intenção subversiva da imagem acima de insinuar que o capitalismo explora as massas. Coloco aqui a foto apenas porque o design remete a uma estética vitoriana interessante. Clique na imagem para ampliá-la.

domingo, 18 de julho de 2010

Quem Será??



Quem poderia ser a beldade, a Tia da Mãe Dinah? Uma dica: trata-se de uma atriz muito famosa. Quem acertar, ganha o prêmio de sempre: um Miojo regado a azeite Gallo na Mansão do Feluc.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Casamento de Escopeta

Esta é especialmente para o nosso colega Fetter, já que se trata da especialidade dele. Uma das mais antigas tradições brasileiras é o "casamento de barriga", o sujeito se descuida, a namorada engravida e, muito incentivado pelo pai da moça e para salvar as aparências, rapidamente marca-se o casório, antes que o resultado do descuido comece a dar na vista.

Mas seria muita ingenuidade supor que tal instituição existisse apenas no Brasil. Não é que absolutamente por acaso descobri um similar nos EUA? É o famoso "shotgun wedding", o qual eu traduziria como "casamento de escopeta".



Normalmente é a vontade a origem dos atos jurídicos. Mas no "shotgun wedding" a origem do ato é a escopeta, fuzil de assalto ou similar. Diante de um rapaz que engravidou a filha e está enrolando para não casar ou, de algum outro modo "fez mal à moça", o pai da garota mune-se de um trabuco qualquer e com isso influi decisivamente na formação da vontade do noivo.



Notem que o prazo marcado para o casamento é em geral inversamente proporcional ao calibre da arma, ou seja, quanto maior o calibre da espingarda ou da pistola, em geral mais rápido ocorre o casamento.Um Taurus 38 assegura um casamento dentro de uns poucos meses, uma Magnum 45 encurta esse prazo para algumas semanas.
Aparentemente os franceses têm um instituto similar: "mariage de fusil de chasse", se eu estiver certo. Mas o fato é que o casamento de escopeta têm muitos defensores tanto nos EUA, como no Nordeste brasileiro ou em Dom Pedrito, no Rio Grande do Sul.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Seleção multicultural alemã desperta patriotismo

- Aí pessoal, depois do treino o Cacau vai puxar uma roda de Capoeira!


Volker Wagener para a Deutsche Welle:
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Nenhuma agência de publicidade contratado pelo governo alemão conseguiria polir melhor a imagem da Alemanha no exterior como fizeram Müller, Özil, Schweinsteiger e Khedira. No exterior, a Alemanha sempre foi reconhecida por sua alta motivação, moral e disciplina, e agora também pela leveza e beleza. Tudo isso se deve ao novo estilo do futebol, que celebra um time cuja metade dos jogadores é fruto da imigração.

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Isso surpreende devido ao fato de muitos alemães continuarem negando que a Alemanha seja um país de imigração. A entrada no país de pessoas com outra crença, pele escura e nomes impronunciáveis é vista como problema, e não como oportunidade. O futebol, que para muitos é a futilidade mais bonita do mundo, ensina o setor político e outros setores da sociedade como fazer uma integração bem-sucedida.

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Falar sobre futebol é sempre também falar sobre o país que o time representa. O futebol alemão teve sucesso por décadas. Combatividade, disciplina tática e absoluta vontade de vencer foram as virtudes que se sobressaíram nos triunfos do passado: "Futebol é um jogo de onze contra onze e no fim vencem os alemães", disse uma vez Gerry Linneker, goleador da seleção inglesa da década de 1980. E ele descreveu nada mais do que a grande eficácia do futebol made in Germany. Isso se aplicava ao sucesso econômico do país: o futebol alemão era a imagem da economia alemã.

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Leia o restante AQUI

sexta-feira, 9 de julho de 2010

http://www.nanihumor.com/



Antes que a Copa acabe

Domingo vamos ter pela primeira vez, desde 1978, uma final com duas seleções que nunca venceram uma Copa antes. Ou seja, mais um país se reunirá ao seleto grupo hoje composto por apenas sete nomes: Uruguai, Itália, Alemanha, Brasil, Inglaterra, Argentina e França.

Considerando os países que já ganharam uma Copa do Mundo, o maior jejum na busca do segundo título é o do Uruguai, com seus incríveis 64 anos na fila, no mínimo, entre a conquista de 1950 e 2014. Só falta a "Celeste" voltar a vencer justamente na Copa realizada no Brasil novamente...

A Itália, vencedora em 1934 e 1938, só voltou a vencer em 1982. Foram 44 anos de espera e 8 mundiais até novamente levantar a taça. Era, na época, o maior tempo de espera. Vencedora em 1966, a Inglaterra terá esperado 48 anos e 11 edições da Copa por um segundo título, mesmo que vença em 2014.

De 1930 a 1970 a Copa do Mundo tinha como prêmio a lendária Taça Jules Rimet. Disputada por nove edições e vencida por cinco diferentes países (Uruguai, Itália, Alemanha, Brasil e Inglaterra), depois do Tri em 1970 a Jules Rimet passou a ser definitivamente dos brasileiros (mais especificamente dos brasileiros que a roubaram em 1983).
Desde 1974 o vencedor da Copa levanta outro troféu, a Taça FIFA, de posse apenas temporária. Esta segunda taça está sendo disputada pela décima vez e será vencida domingo pelo sexto país diferente (Alemanha, Argentina, Itália, Brasil, França e agora Holanda ou Espanha).

A Holanda chegou à sua terceira final de Copa. Se não vencer domingo, vira uma espécie de Vasco da Gama dos Mundiais: nenhuma outra seleção tem três finais e nenhum título. Breve lista das equipes que, até hoje, foram no máximo vice-campeãs mundiais: Tchecoslováquia (1934 e 1962), Hungria (1938 e 1954), Suécia (1958) e Holanda (1974 e 1978).

Se vencer, a Espanha dificilmente escapa de uma histórica marca negativa: será o pior ataque de uma seleção campeã em todos os tempos. Para fugir desse recorde os espanhóis precisarão vencer por 5 gols de diferença, já que marcaram apenas 7 vezes até aqui. Atualmente os piores ataques campeões são os da Itália de 1934, da Inglaterra de 1966 e do Brasil de 1994 - todos com 11 gols.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Alguns Links Selecionados

Pergunta: por quê Sarah Chang é a melhor violinista do mundo hoje?



Resposta: porque ela é a única violinista que toca o instrumento como ele deve ser tocado

http://www.youtube.com/watch?v=M2VZ5LMZHiE
Nota: esta não é a melhor versão da Sarah para a música, mas o pessoal do youtube encasquetou com o vídeo e o tirou de circulação.




Imaginem se o Ed Wood fosse russo e produzisse videoclips. O resultado seria provavelmente o pior videoclip de todos os tempos (eu avisei)



http://www.youtube.com/watch?v=a_rmLmrCv6E



Modelos falam da Copa do Mundo. Com a mesma profundidade com que em geral falam de política, mecânica quântica etc.




http://www.youtube.com/watch?v=rTb9N7eGULo



Raridade: Beck, Bogert and Appice tocando "Superstition" de Steve Wonder. A qualidade do vídeo é fraca mas a apresentação da banda é soberba.

http://www.youtube.com/watch?v=aBpSeyk1z4o



Steve Morse com os Dixie Dregs em Montreux, em 1978. Morse no auge da forma em vez daquela enganação que é hoje no Deep Purple. Qualquer dia ele vai aparecer no palco tocando "Smoke on the Water" com um Dobro.



http://www.youtube.com/watch?v=VohubM8Hls4

domingo, 4 de julho de 2010

Timidez não ganha Copa


"Continuo sempre na idéia de que um time que quer ganhar mesmo uma Copa do Mundo tem de jogar ofensivamente. Se fosse um campeonato de turno e returno, jogo lá e jogo cá o ano inteiro, então nos jogos fora de casa seria sempre melhor jogar seguro e de contra-ataque. Um ponto fora de casa é ponto ganho para o time visitante. Um ponto dentro de casa é ponto perdido para o time da casa. Mas isto são outros quinhentos. Acontece que na Copa do Mundo só temos um time de dentro de casa. Todos os demais estarão fora em qualquer jogo. E numa competição em que o time que tem pretensões a ganhador jogará no máximo sete partidas, se não partir para a cabeça, para ganhar e fazer gols, cai do andaime. (...) A única condição para se ganhar uma Copa do Mundo é ter os melhores jogadores e aproveitá-los. Não se ganha Copa com timidez."


João Saldanha - 09/05/82 - In. "O Trauma da Bola - a copa de 82 por João Saldanha", Cosac & Naify, 2002.

sábado, 3 de julho de 2010

Don't Cry For Me, Argentina

O Brasil tinha tudo para conquistar mais um Mundial, mas o sonho começou a desmoronar quando a Holanda empatou o jogo, em uma bela cabeçada de Felipe Melo. Os argentinos, como sempre dentro do mais genuíno espírito de solidariedade latino-americana, celebraram a derrota brasileira, e sugeriram aos jogadores brasileiros a compra de um LCD para assistir a final da copa em casa:



Buenas, agora com a goleada da Alemanha de 4x0, parece que os argentinos também terão de assistir a copa no telão.


Na foto, Messi chora a goleada sofrida para a Alemanha, amparado por Maradona e Fábio Jr.



Os brasileiros com certeza vão esfriar a cabeça na praia






Já para os argentinos eu sugiro um resort em especial:



Isso mesmo, as Ilhas Falklands (em espanhol:"Falkland Islands"), um tradicional domínio da Coroa Britânica. Lá com certeza os argentinos poderão esfriar bastante a cabeça, com a vantagem adicional de ficarem bem longe daqui.



Na foto, habitantes das Ilhas Falklands se animam com a expectativa da chegada da delegação argentina.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

“É preciso chegar aos 75 para começar a entender alguma coisa”, diz o economista sueco Assar Lindbeck


EL PAÍS, 28/11/2007
por LOLA GALÁN



Assar Lindbeck (nascido em Lulea, Suécia, 1930) é um dos gurus do Estado do bem-estar social, um tema sobre o qual escreveu dezenas de livros e centenas de artigos. Membro do Comitê Nobel durante 25 anos, Lindbeck aproveitou ao máximo, com visitas aos museus do Prado e Thyssen, sua estada em Madri, convidado pela Fundação Carolina, para dar uma aula sobre as perspectivas do modelo social europeu.

El País – Os Nobel de economia não são Nobel de verdade. Foram criados pelo Banco Central sueco em 1969. Alfred Nobel nunca pensou em premiar economistas, apesar de na sua época ter havido grandes figuras nessa disciplina.
Assar Lindbeck – Sim. Pessoas muito inteligentes, com grandes dons de observação, mas na realidade o desenvolvimento da economia, sua transformação em uma ferramenta rigorosa, é coisa da segunda metade do século 20.

EP – O senhor acredita que Karl Marx teria merecido o Nobel?
Lindbeck – É uma pergunta muito difícil. Não sei. Duvido. Ele teve intuições brilhantes. Foi capaz de entender até que ponto a inovação tecnológica estava mudando de maneira drástica a estrutura econômica. Mas foi ingênuo, porque pensou que, depois de introduzidas as inovações e quando a massa do capital tivesse se consolidado, bastaria administrá-lo. Não viu a necessidade constante de inovação e de investimento.

EP – Também se enganou em relação às contradições internas do capitalismo, que continua vivo e com boa saúde.
Lindbeck – Sim, o capitalismo não deixou de se espalhar pelo mundo. Mas tem cada vez mais problemas. Um deles é a falta de disciplina dos mercados financeiros. Muitos atores nesses mercados assumem riscos demais e isso afeta a economia. Foi o que vimos com a crise do mercado imobiliário nos EUA. De vez em quando os mercados criam problemas para o conjunto da economia.

EP – Então há necessidade de mais regulamentação?
Lindbeck – É preciso fazer algo. Creio que seria necessária uma inspeção financeira mais qualificada para ver os riscos e poder intervir a tempo. Há muita gente inteligente inventando instrumentos financeiros cada vez mais sofisticados. O ruim é que não são bastante inteligentes para prevenir seus riscos.

EP – As pessoas comuns se preocupam mais com a manutenção e o desenvolvimento do Estado do bem-estar social. Um tema em que vocês, suecos, foram pioneiros; continuam avançando?
Lindbeck – Não. O modelo sueco não é muito diferente do dos países do norte da Europa. A Espanha, assim como Grécia e Portugal, está um pouco atrás. A única coisa que difere no sistema sueco é sua generosidade na proteção às famílias com filhos. A licença-maternidade [remunerada com pagamento total] é de 14 meses, e há muitas ajudas para pais com filhos pequenos. Mas há países como a França que têm ajudas parecidas.


EP – A Espanha deu passos à frente ultimamente, mas falta muito por fazer. Suponho que poder cuidar dos filhos com mais tranqüilidade tenha um impacto nessa sociedade.
Lindbeck – Sim. É o que propiciou nas sociedades nórdicas que a presença das mulheres no mercado de trabalho alcance quase 80%. Houve outro elemento que tornou isso possível: a proteção que o Estado dá aos idosos. Porque estiveram tradicionalmente aos cuidados das mulheres. Quer dizer, nosso modelo favoreceu a emancipação feminina.

EP – Todo mundo se olha no espelho sueco e considera esse modelo um grande sucesso social.
Lindbeck – Até certo ponto. Neste momento temos um problema: a utilização indevida dos subsídios. Veja que em três países europeus que afirmam oferecer uma excelente cobertura de saúde a seus cidadãos, Holanda, Noruega e Suécia, ocorrem os índices mais elevados de licenças por doença. As pessoas estão saudáveis, mas pedem licença médica. Há uma tremenda indignidade. Na Suécia as pessoas faltam ao trabalho em média 22 dias por ano, quando no Japão a média é de apenas três. Os dois casos são extremos. Mas não é só a licença por enfermidade. No meu país os pais podem faltar ao trabalho quando os filhos estão doentes. Isso é muito bom, mas na prática as pessoas ficam em casa mesmo quando a criança já se recuperou completamente. Toda essa farsa está destruindo o Estado do bem-estar social. As pessoas se aposentam muito cedo em muitos países europeus, vão para casa com 55 anos ou menos; outros ficam no seguro-desemprego mesmo que consigam obter um trabalho. E as pessoas consideram isso normal. Fizemos uma pesquisa há pouco tempo para saber se os cidadãos achavam normal pedir licença por doença sem estar doentes, e 60% dos pesquisados disseram que sim.

EP – O que significa que o sistema não funciona quando não há um compromisso real das pessoas de defendê-lo. Um compromisso que existia no início.
Lindbeck – Sabemos por que isso acontece. Quando se criou o Estado do bem-estar social, depois da Segunda Guerra Mundial, as pessoas estavam acostumadas a trabalhar para se manter. Só recorriam à ajuda em caso de necessidade, porque as leis sociais assim o ditavam. Com o tempo essas leis foram sendo relaxadas. As pessoas começaram a considerar correto viver de subsídios. Aí passaram a enganar o Estado do bem-estar. É o que aconteceu nos últimos dez ou 15 anos na Suécia.


EP – Por que o senhor acredita que isso ocorre? Tem algo a ver com a imigração?
Lindbeck – Não tem nada a ver, absolutamente. O que acontece é que os subsídios são muito altos em relação aos salários. Em muitos casos a diferença entre o seguro-desemprego e o salário é de apenas 10%. Às vezes não há diferença nenhuma.


EP – Então o que se pode fazer?
Lindbeck – Há soluções. Uma é reduzir os subsídios; outra, aumentar os controles. Mas isso é muito difícil, porque a maioria dos doentes tem sintomas que nenhum médico pode comprovar: 60% das licenças são por dores nas costas e por depressão. Uma solução que estão utilizando os britânicos e americanos é pagar subsídios a quem trabalha, isto é, incentivar quem trabalha.


EP – E as pessoas que realmente precisam?
Lindbeck – É preciso fazer alguma coisa, porque estamos em uma situação verdadeiramente crítica. Na Suécia fizemos estudos e há regiões em que as pessoas faltam ao trabalho em média três dias por ano, e outras, com os mesmos níveis de atendimento de saúde, em que faltam em média 54 dias. Sem que haja qualquer diferença na saúde das pessoas.


EP – A Suécia decidiu ficar fora do euro. Como está sendo?
Lindbeck – Mais cedo ou mais tarde entraremos na União Monetária Européia, mas não me parece catastrófico estar fora. Seremos admitidos quando quisermos. O maior problema é que nossas exportações não aumentaram tanto quanto a média européia nos últimos cinco anos, mas as exportações são 40% do PIB.


EP – Aos 77 anos o senhor continua sendo professor na Universidade de Estocolmo. O que acha da aposentadoria aos 65 anos?
Lindbeck – Me parece uma loucura. A expectativa de vida aumentou muito. E os jovens, pelo menos na Suécia, não se incorporam ao mercado de trabalho aos 16 anos como antes. Agora os estudantes não trabalham antes dos 27. A vida produtiva é curta demais, e isso custa caríssimo. Além disso, como eu digo, é preciso chegar aos 75 para começar a entender alguma coisa.