Como se falou nos últimos dias dessa ilhota sem importância! Páginas e páginas de jornais, capas de revistas, horas de programas de TV, tema em debates eleitorais americanos ,por causa de um país caribenho com PIB de 45 bilhões.
Tanta discussão apenas sobre a desimportância cubana, até semana passada comandada por um fóssil vivo da guerra fria. Que contundente irrelevância!
O companheiro Feluc a chamou de "experiência histórica que não representa modelo reproduzível". Ser tão única já não lhe daria alguma importância, mesmo que como curiosidade sócio-antropológica-econômica de laboratório?
Mas é claro que há mais que isso.
Cuba foi a última grande presença espanhola na América, tendo assim ficado até o apagar das luzes do século XIX. Sua pseudo-independência em 1898, por obra e graça dos EUA, a colocou, constitucionalmente, como protetorado americano. Situação que perdurou, com alguma melhora, até a tomada do poder por Fidel.
Então, chamar de "sorte" o fato de Fidel passar a ter apoio soviético é um pouco cruel. Qual era a alternativa? Ser Porto Rico com mais bordéis, como era até então?
O embargo, portanto, vai um pouco além do lobby dos cubanos de Miami, é óbvio, e o Feluc sabe disso. Fez parte de um jogo de geopolítica da guerra fria, com enormes respingos no Brasil em 1964 e ainda maiores no Chile em 1973.
Afinal, os EUA já haviam perdido seu resort de luxo, não poderiam "perder" outro país latino-americano para a URSS.
O companheiro Feluc disse ainda que as políticas públicas bem-sucedidas não legitimavam uma ditadura. Correto. Melhor seria se tais políticas viessem acompanhadas de garantias individuais e e liberdade.
Mas, igualmente, ter um regime democrático legitima governos corruptos e incompetentes? É real a democracia sem distribuição de renda, sem acesso à educação e cultura, que não forma cidadãos? Querer liberdade de expressão para expressar o que, assim? A tirania tem mais de uma face.
O novo-velho governo que se inicia hoje com Raúl Castro tem, sim, o desafio de produzir riqueza de forma sustentada e independente. E também enfrentará a tarefa de fugir do governo personalista de antes, sendo preciso um novo modelo - chinês, quem sabe? - se pretende que o Partido ainda comande o país na próxima década.
Caso contrário, a Flórida está ali perto.
Tanta discussão apenas sobre a desimportância cubana, até semana passada comandada por um fóssil vivo da guerra fria. Que contundente irrelevância!
O companheiro Feluc a chamou de "experiência histórica que não representa modelo reproduzível". Ser tão única já não lhe daria alguma importância, mesmo que como curiosidade sócio-antropológica-econômica de laboratório?
Mas é claro que há mais que isso.
Cuba foi a última grande presença espanhola na América, tendo assim ficado até o apagar das luzes do século XIX. Sua pseudo-independência em 1898, por obra e graça dos EUA, a colocou, constitucionalmente, como protetorado americano. Situação que perdurou, com alguma melhora, até a tomada do poder por Fidel.
Então, chamar de "sorte" o fato de Fidel passar a ter apoio soviético é um pouco cruel. Qual era a alternativa? Ser Porto Rico com mais bordéis, como era até então?
O embargo, portanto, vai um pouco além do lobby dos cubanos de Miami, é óbvio, e o Feluc sabe disso. Fez parte de um jogo de geopolítica da guerra fria, com enormes respingos no Brasil em 1964 e ainda maiores no Chile em 1973.
Afinal, os EUA já haviam perdido seu resort de luxo, não poderiam "perder" outro país latino-americano para a URSS.
O companheiro Feluc disse ainda que as políticas públicas bem-sucedidas não legitimavam uma ditadura. Correto. Melhor seria se tais políticas viessem acompanhadas de garantias individuais e e liberdade.
Mas, igualmente, ter um regime democrático legitima governos corruptos e incompetentes? É real a democracia sem distribuição de renda, sem acesso à educação e cultura, que não forma cidadãos? Querer liberdade de expressão para expressar o que, assim? A tirania tem mais de uma face.
O novo-velho governo que se inicia hoje com Raúl Castro tem, sim, o desafio de produzir riqueza de forma sustentada e independente. E também enfrentará a tarefa de fugir do governo personalista de antes, sendo preciso um novo modelo - chinês, quem sabe? - se pretende que o Partido ainda comande o país na próxima década.
Caso contrário, a Flórida está ali perto.
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