terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Mais Cuba

Repito, cuba não tem importância alguma.
Cuba é um nada econômico. Em tudo mais está estagnada na década de 50.
Arreganha para o mundo a população miserável mais bem educada do mundo. Parabéns!

Como já disse em outras oportunidades, as vilezas dos sistemas liberais-capitalistas não legitimam ditadura nenhuma.
De ditadura, seja de esquerda, seja de direita, eu quero distância.

Cuba representa o sonho do qual acordamos.
É muito fácil dizer que o império é mal. O poder dá medo.
Aí vem o pessoal da internacional socialista dizendo: olha, tem outro jeito de fazer as coisas. Um sistema que privilegie a solidariedade, aonde o Homem não explorará o Homem e o estado vai cuidar de de todo mundo.
Só faltou combinar com o tal Homem.

Porque, para implementar este sistema, precisamos de um novo homem. Um que não seja egoísta, que não esteja interessado primeiro em maximizar o próprio bem-estar.
Pois é, a produtividade é radicalmente baixa em economias solidárias, onde o homem não é explorado pelo homem.
E, adivinhe? Adivinhe qual fenômeno econômico enriqueceu as os países hoje conhecidos como de "primeiro mundo"?
Foi o aumento de produtividade decorrente da revolução industrial nos países de desenvolvimento mais antigo e a educação somada à "economia semi-planificada de mercado" dos países de desenvolvimento recente.
Sempre o tal bem-estar pessoal na equação...

Repito, não estou dizendo que não implantaram políticas públicas de sucesso.
Só que o sistema não considera que o homem não é um animal que se desenvolva muito bem em cativeiro.
E, desse modo, fracassam no desafio de qualquer sociedade de elaborar um sistema político que dê sustentação a um sistema econômico que produza os bens escassos necesssários à sobrevivência e os distribua de forma justa.
Nunca serão ricos.
Mas serão dignos, dirá o Filipe.
Não vejo dignidade em escravos.

Um comentário:

Filipe disse...

Feluc:

Não vou postar de novo sobre isso no blog, ficaria cabotino.

Novamente eu relativizei e você radicalizou.

A medicina, a política de esporte e a educação não estagnaram na década de 50. Tampouco o turismo, se é para sermos tão radicais.

De novo: tampouco a democracia legitima a exploração social e o descaso do Estado. Quero distância de ditaduras assumidas tanto quanto de pseudo-democracias. Se não pudermos lutar por uma sociedade onde a exploração tenha freios e a dignidade humana seja um Bem, em que acreditar?

Eu não tenho Cuba como nosso ideal, mas tampouco tenho Porto Rico. Ou a Bolívia. O meu ideal de Socialismo é puramente escandinavo: bem-estar social e todo mundo andando de carro Volvo. Hehehe.

A escravidão, antiga ou moderna, é algo puramente decorrente da exploração do homem pelo homem, Feluc. E, obviamente, indigna. Às claras ou disfarçada está na base do sucesso do dito primeiro mundo e da revolução industrial.

Assim, ser "escravo" por causa do ouro soviético ou do petróleo venezuelano em que é pior do que ser escravo pela Emenda Pratt?

Abraços e parabéns pelo texto na revista da Procuradoria, depois comento sobre ele com calma.