De todo modo, Prezado Filipe, não pense você que fecho os olhos para a crueldade com que o poder trata os excluídos.
O problema é que, em toda sociedade humana, encontramos o fenômeno político: alguns membros influenciam as decisões políticas mais do que outros. E, onde há poder, há a exclusão daqueles que não conseguem influenciar o processo.
Logo, toda sociedade tem excluídos e, de algum modo, quando o caldo entorna, sobra pra eles.
Veja o esquerdismo de nossos sindicatos de servidores públicos. Eles defendem uma previdência diferenciada para funcionário público, defendem uma média salarial absurdamente superior à da iniciativa privada e legitimam sua posição afirmando que a luta histórica deles quer levar tudo isso para o trabalhador explorado da fábrica. Pelo amor de Deus! Eu não gosto de Rousseau, mas ele estava certo quando defendia que na sociedade regida pelo contrato social não poderia haver corporações. Cada homem ou mulher deveria defender os seus interesses individualmente. Ele entendia que a formação de corporações, como sindicatos, acabariam por distorcer gravemente o sistema político.
De certa forma, eu sou um pessimista. Acho que a Humanidade sempre vai assistir o Homem sendo o lobo do Homem.
Note que não estou falando de socialismo ou capitalismo.
Creio que isto é uma regra geral.
O que me impele ao capitalismo, dentre outros motivos, é que consigo enxergar uma linha evolutiva em que há melhoria das condições de vida de certos povos.
Evidentemente, o sucesso de alguns povos é decorrente de condições muito especiais.
A Suécia bóia em um poço de petróleo. Outros foram potências coloniais, e por aí afora...
Ressalto que não acredito no mito do eterno progresso tão caro aos capitalistas de outrora.
Aliás, Celso Furtado já havia explicado esta impossibilidade em "O Mito do Desenvolvimento Econômico".
Abraços,
2 comentários:
Veja bem, o assunto até podia render muito ainda, o problema é que o Fetter ia começar a encher o blog de fotos de violões, dobros, cavaquinhos, banjos...sabe como ele é!
Abs!
Tô contigo e não abro...
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