sexta-feira, 13 de julho de 2007

A difícil arte


Não conheço nada mais difícil do que (bem) exercer a arte da Tolerância. É simples se dizer democrático, defender posições "republicanas". Mas é quando o calo aperta e há um confronto de idéias que se vê como é sempre mais simples pular para o radicalismo e para a saída rápida da ofensa pronta.

Li outro dia, aqui pela internet - não lembro onde - que esse extremismo é um campo farto de clichês em comparações. Quando a idéia é jogar pesado, você já chama logo o outro de Hitler ou Stalin (dependendo do lado que você quer jogar o seu adversário do momento). Se dá para pegar mais leve, vá de Franco ou Fidel. Mas se é para avacalhar, chame de Chávez ou Bush.

Mas manter o equilíbrio e entender e aceitar diferenças é que exige um pouco mais. E não só na política. Afinal estamos vivendo um tempo onde o Papa clama como a Católica como única Igreja e traz de volta a missa em latim.

E, fazendo aqui outra citação (essa com a fonte, inclusive de uma página que podia constar da lista ali de baixo de sites, o Dictionary of Fashionable Nonsense), fanático é "alguém que crê fortemente em algo que eu não acredito". O problema é sempre no outro.

Por isso, ao responder o convite para colaborar com o blog, perguntei se o Olavo de Carvalho ali embaixo seria um caminho a seguir ou ele poderia conviver com opiniões diferentes. A resposta não poderia ser outra que não a porta aberta a tentarmos aqui exercer essa arte radical de ser tolerante.

Como seria diferente, se o criador do blog consegue nos provar que é possível ser um brucutu da fronteira com o Uruguai e também gourmet/filósofo/jurista?

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