Parabéns ao companheiro Fetter pelo seu ótimo post sobre as Olimpíadas. Discordo apenas em um pequeno detalhe e já digo qual.
O Brasil levou para Pequim exatos 277 atletas, a maior delegação que já tivemos. Terminamos os Jogos na 23ª posição, com 3 medalhas de ouro, 4 de prata e 8 de bronze (pelo critério mais comum de classificar os países levando em conta primeiro o número de medalhas de ouro. Pelo sistema de número total de medalhas, ficamos em 17º.
Sob nenhum aspecto esse desempenho é louvável. Conquistamos mais ouros em Atenas/2004 (5 medalhas), mais pratas em Sidney/2000 (6 medalhas) e mais bronzes em Atlanta/1996 (9 medalhas). O Brasil conseguiu em Pequim/2008 as mesmas 15 medalhas, no total, que havía obtido em Atlanta, só que com apenas 225 atletas.
A Geórgia, li outro dia, levou para Pequim uma delegação de apenas 35 membros e com ela conquistou 6 medalhas no total, metade douradas. É o mesmo número de medalhas de ouro que o Brasil. Quênia e Etiópia, exemplos do Fetter de países sem recursos mas com bom desempenho, terminaram os Jogos com 5 e 4 medalhas de ouro, respectivamente, todos conquistados em atletismo.
São exemplos de países que reconhecem suas fragilidades e qualidades, investindo onde podem obter retorno. Vejam: a Geórgia conseguiu uma média de 1 medalha para cada 6 atletas, praticamente. O Brasil teve uma média e 1 medalha para cada 18 atletas.
Nossa delegação de quase 300 atletas é, sim, expressiva. E até excessiva, quando vemos que não sabemos gastar o pouco dinheiro que investimos em esportes olímpicos. Esse índice de aproveitamento de 0,05 medalha por atleta é a prova disso.
O esporte de alto rendimento é hoje um negócio e deve ser assim encarado. O dinheiro deve ser aplicado em modalidades e atletas com taxas de retorno de menor risco. Não confundamos esporte de nivel olímpico com esporte-integração, esporte-cultura, esporte-desenvolvimento social.
Assim, penso diferente do Fetter por acreditar que daqui a quatro anos seria melhor termos uma delegação reduzida mas eficiente e bem preparada -inclusive psicologicamente, vejam o bem que levar uma psicóloga desportiva fez ao vôlei feminino.
Somos uma potência média-baixa em Olimpíadas (afinal há uns 180 países com desempenho pior que o nosso) e foram nossos delírios de grandeza, aliados a um COB inepto, que nos fizeram patinar em resultados nos últimos 12 anos.
Cuba e Grã-Bretanha
Dois desempenhos que chamaram a atenção em Pequim, por razões opostas: Cuba, apesar de ter totalizado expressivas 24 medalhas, obteve apenas 2 de ouro, somando ainda 11 de prata e 11 de bronze. Há quatro anos, em Atenas, tinham sido 27 medalhas, sendo 9 de ouro, 7 de prata e 11 de bronze. O resultado cubano em Pequim representa o menor número de ouros desde o México/1968.
Já a Grã-Bretanha teve seu melhor desempenho desde 1908, conseguindo 19 de ouro e 47 no total, perdendo o terceiro lugar para a Rússia nos últimos dias. Os britânicos vinham de dois décimos lugares nos Jogos de 2000 e 2004, vale lembrar. Sinal que o país já está se preparando para receber as Olimpíadas de 2012, em Londres.
O Brasil levou para Pequim exatos 277 atletas, a maior delegação que já tivemos. Terminamos os Jogos na 23ª posição, com 3 medalhas de ouro, 4 de prata e 8 de bronze (pelo critério mais comum de classificar os países levando em conta primeiro o número de medalhas de ouro. Pelo sistema de número total de medalhas, ficamos em 17º.
Sob nenhum aspecto esse desempenho é louvável. Conquistamos mais ouros em Atenas/2004 (5 medalhas), mais pratas em Sidney/2000 (6 medalhas) e mais bronzes em Atlanta/1996 (9 medalhas). O Brasil conseguiu em Pequim/2008 as mesmas 15 medalhas, no total, que havía obtido em Atlanta, só que com apenas 225 atletas.
A Geórgia, li outro dia, levou para Pequim uma delegação de apenas 35 membros e com ela conquistou 6 medalhas no total, metade douradas. É o mesmo número de medalhas de ouro que o Brasil. Quênia e Etiópia, exemplos do Fetter de países sem recursos mas com bom desempenho, terminaram os Jogos com 5 e 4 medalhas de ouro, respectivamente, todos conquistados em atletismo.
São exemplos de países que reconhecem suas fragilidades e qualidades, investindo onde podem obter retorno. Vejam: a Geórgia conseguiu uma média de 1 medalha para cada 6 atletas, praticamente. O Brasil teve uma média e 1 medalha para cada 18 atletas.
Nossa delegação de quase 300 atletas é, sim, expressiva. E até excessiva, quando vemos que não sabemos gastar o pouco dinheiro que investimos em esportes olímpicos. Esse índice de aproveitamento de 0,05 medalha por atleta é a prova disso.
O esporte de alto rendimento é hoje um negócio e deve ser assim encarado. O dinheiro deve ser aplicado em modalidades e atletas com taxas de retorno de menor risco. Não confundamos esporte de nivel olímpico com esporte-integração, esporte-cultura, esporte-desenvolvimento social.
Assim, penso diferente do Fetter por acreditar que daqui a quatro anos seria melhor termos uma delegação reduzida mas eficiente e bem preparada -inclusive psicologicamente, vejam o bem que levar uma psicóloga desportiva fez ao vôlei feminino.
Somos uma potência média-baixa em Olimpíadas (afinal há uns 180 países com desempenho pior que o nosso) e foram nossos delírios de grandeza, aliados a um COB inepto, que nos fizeram patinar em resultados nos últimos 12 anos.
Cuba e Grã-Bretanha
Dois desempenhos que chamaram a atenção em Pequim, por razões opostas: Cuba, apesar de ter totalizado expressivas 24 medalhas, obteve apenas 2 de ouro, somando ainda 11 de prata e 11 de bronze. Há quatro anos, em Atenas, tinham sido 27 medalhas, sendo 9 de ouro, 7 de prata e 11 de bronze. O resultado cubano em Pequim representa o menor número de ouros desde o México/1968.
Já a Grã-Bretanha teve seu melhor desempenho desde 1908, conseguindo 19 de ouro e 47 no total, perdendo o terceiro lugar para a Rússia nos últimos dias. Os britânicos vinham de dois décimos lugares nos Jogos de 2000 e 2004, vale lembrar. Sinal que o país já está se preparando para receber as Olimpíadas de 2012, em Londres.
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