REI MOMO PODE PERDER TÍTULO POR SER MAGRO
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR, hoje.
O Ministério Público da Bahia entrou com uma ação civil pública pedindo a anulação do concurso que elegeu o comerciante Clarindo Silva, 65, o Rei Momo do Carnaval de Salvador (BA). Na ação, os promotores Luciano Santana e Célia Boaventura afirmam que a escolha de Silva, de 58 kg, foi feita na "contramão da moralidade e da legalidade" e pedem que a vaga seja destinada a um dos "candidatos gordos" inscritos.
Caso a liminar seja concedida, os responsáveis pela festa deverão organizar um novo concurso no prazo de até 48 horas antes da abertura oficial do Carnaval. Na ação, os promotores dizem que, há mais de meio século, o Rei Momo compõe o patrimônio cultural imaterial de Salvador.
Todos os concorrentes de Silva fizeram um "regime de engorda" para atingir 120 kg.
Segundo os promotores, somente uma lei, editada mediante processos legislativos constitucionalmente previstos, com a participação da sociedade, poderia autorizar uma mudança de caracterização da figura de um dos personagens principais do Carnaval.
Para instruir o processo, os promotores de Justiça ouviram os professores da UFBA (Universidade Federal da Bahia) Roberto Albergaria de Oliveira e Paulo Cézar Miguez de Oliveira, que "demonstraram a evidência da figura tradicional do Rei Momo gordo como patrimônio cultural imaterial".
Silva não foi localizado pela reportagem.
3 comentários:
Isso me faz lembrar um quadro da antiga tv Pirata:
"A REVOLTA DOS CARNUDOS"
Fica tranqüilo, na Bahia eles demoram pelo menos dois meses para conhecer e julgar uma liminar, até lá o carnaval já passou há muito.
Adorei a notícia, mande mais.
Escolha feita na contramão da moralidade e da legalidade ? Como assim ? Desde quando tais princípios podem ser invocados em um concurso de Rei Momo ? Imoral foi aquela japa feiosa ter ganho o concurso de Miss Universo da nossa maravilhosa Natália Guimarães !!
Todo apoio para o seu Clarindo !!!
"Para instruir o processo, os promotores de Justiça ouviram os professores da UFBA (Universidade Federal da Bahia) Roberto Albergaria de Oliveira e Paulo Cézar Miguez de Oliveira"
Sempre dá para achar um doido em uma universidade que fez um estudo sobre a tese abilolada que se quer defender. Incrível!
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