quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Flamengo, 112 anos de história e glória.

De pé: Leandro, Zé Carlos, Andrade, Edinho, Leonardo e Jorginho;
Agachados: Bebeto, Aílton, Renato Gaúcho, Zico e Zinho.

Com a tragicômica novela sobre quem é o primeiro pentacampeão brasileiro ainda se arrastando, inevitável não lembrar do time que conquistou o quarto campeonato para o Mengão, vinte anos atrás. Ainda mais hoje, dia do aniversário do rubro-negro.

Acima de qualquer outra coisa, o título de 1987 é nosso pois o Flamengo venceu os melhores times do país, num campeonato onde todo jogo era clássico - afinal eram 16 equipes de ponta disputando - com uma equipe cheia de craques. Alguém aí lembra qual era a escalação do Sport Recife na final do Módulo Amarelo de 1987, no jogo que terminou empatado em 11 x 11 contra o Guarani?

Já a do Flamengo...Zico é Zico, dispensa apresentações e comentários.

Bebeto, Zinho, Leonardo e Jorginho seriam campeões do mundo pelo Brasil em 1994. Aldair, outro titular na campanha do Tetra, e então com 21 anos, jogou boa parte do campeonato, apesar de ter sido reserva nas finais.

Aliás, dos onze titulares do jogo final, nada menos que dez tiveram passagens de destaque pela seleção brasileira; oito disputaram pelo menos uma Copa do Mundo*; quatro ganhariam medalha olímpica de prata em Seul/88**.

Leandro e Andrade foram também campeões do mundo, mas de clubes, na histórica lavada no Liverpool, em 1981. Outro que também foi campeão interclubes, mas pelo Grêmio, foi Renato Gaúcho, em 1983.

Zinho e Andrade são os jogadores com maior número de títulos brasileiros, cinco cada.

Aílton, o jogador menos famoso desse time e único sem convocações para a seleção, é um jogador com vários títulos (como a Copa Brasil de 1990 pelo Mengão) e histórias no futebol. Foi dele, por exemplo, o gol do título do Grêmio no Brasileirão de 1996.

Apesar disso tudo, o time era uma mescla de garotos e veteranos muito irregular e a campanha no primeiro turno mostra bem isso: sexto lugar entre oito equipes, no grupo A.

A fórmula de disputa do campeonato daquele ano previa dois grupos de oito, jogando em dois turnos. No primeiro, os times de um grupo enfrentariam os do outro; no segundo, jogos entre times do mesmo grupo. Os vencedores de cada grupo, em cada turno, jogariam a semifinal.

No turno final, contra as equipes do próprio grupo, o Mengão se recuperaria na tabela, mas ainda assim fica em segundo lugar. Só se classificou para a semifinal por ter o Atlético-MG vencido ambos os turnos. A outra semifinal foi disputada por Internacional e Cruzeiro, vencedores do primeiro e segundo turno pelo grupo B, com o Inter vencendo.

O Flamengo enfrenta o Atlético, time de melhor campanha, dirigido por Telê Santana, mas vence duas vezes - 1 x 0 no Maraca e 3 x 2 em pleno Mineirão, com um gol de Renato Gaúcho aos 34 do segundo tempo, quando o Galo era melhor em campo, depois de ter empatado uma partida que perdia por 2 x 0.

Depois de atropelar o favorito nas semi, a final com o colorado gaúcho foi quase protocolar: o título já era nosso. E, com gols de Bebeto tanto no empate em 1 x 1 no Beira-Rio quanto na vitória de 1 x 0 no Maraca, o Flamengo leva mais uma taça para sua coleção.

As cinco taças de campeão brasileiro


*exceções: Zé Carlos, Aílton e Andrade
** Zé Carlos, Jorginho, Andrade e Bebeto

2 comentários:

Cristian Fetter Mold disse...

Ok, ok, vale a homenagem a este grande time brasileiro. Mas essa de "confronto protocolar" não cola nem com super bonder misturado com Araldite.

O querido clube do povo do Rio Grande do Sul - base da seleção olímpica que conseguiu a inédita medalha de prata em Los Angeles - fez um belo campeonato, eliminou o Cruzeiro na semi-final e nas duas partidas da final, fez frente ao forte time do Flamengo, dignificando, sem qualquer sombra de dúvida, sua conquista, algo aliás demonstrado pelos placares dos dois embates.

Aliás este time do Internacional conseguiu também a façanha de ser vice campeão no ano seguinte, contra o Bahia, demonstrando uma consistência inapelável. Aliás, neste ano de 1988 o Flamengo caiu nas quartas de final contra o Grêmio, equipe posteriormente eliminada pelo Inter, este sim, um verdadeiro "confronto protocolar"... he he he.

Anônimo disse...

Lembro-me bem do dia da final.
Foi sem dúvida uma final protocolar. Só pra não sair com a camisa sem suar de dentro de campo.
Aliás, uma vez TIME AMIGO, sempre TIME AMIGO.....
hehehe
E antes que digam que eu sou o anônimo me identifico...é O Nelsinho.
Só o Meu Flamengo mesmo pra me fazer escrever aqui novamente.
Abraços