Habib Koite é do Mali e segue a trilha aberta por outros conterrâneos, como o conhecido Jali Musa Jawara. Só que Habib tem uma pegada mais moderna. Embora não se entenda uma palavra do que ele canta, o som é de altísssimo nível, do tipo que você mostra para o seu sogro sem o menor problema. Para mim, a trilha sonora perfeita para a Copa de 2010.
Junipher Greene é uma banda de rock progressivo da Noruega e o disco, todo cantado em inglês, é de 1971. Flautas e guitarras, uma pitada de Jethro Tull, um pouco de Uriah Heep, enfim, um grande trabalho, considerado por muito o magnum opus do rock progressivo norueguês. Aqui, certamente seu sogro começará a se sentir um pouco incomodado, mas curtirá as passagens mais lentas.
Agora, neste ponto, é melhor tirar o seu sogro e todos os demais parentes da sala, sob pena de acharem que você não está batendo bem da cabeça.
Magma é um grupo francês para poucos. Os caras possuem um som tão hermético que o termo "zeuhl music" foi criado por eles, e somente para eles. Os demais grupos que seguem essa vertente são, geralmente, formados por ex-integrantes do combo francês.
Liderada pelo estupendo baterista Christian Vander, a banda engendra em seus álbuns um coquetel que mistura rock progressivo, ópera, free-jazz e psicodelia. Como se não bastasse, o grupo conta em vários discos a estória dos habitantes do planeta Kobaia e suas relações com o povo da terra. Só que o baterista Vander, juntamente com seus asseclas simplesmente criou um idioma Kobaia, no qual as músicas são cantadas, aumentando o clima de assombro que aflige os ouvintes de primeira hora.
Mekanïk Destruktïv Kommandöh, de 1973, para muitos é o ápice do grupo. 38 minutos de tensão máxima, instrumental denso, temas épicos enormes e vocais em soprano-berrado que deixariam muito fonoaudiólogo de cabelos em pé (cortesia da incrível Stela Vander, esposa do baterista). A trilha sonora perfeita para uma invasão extraterrestre. Ou será que eles já estão entre nós?
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