sábado, 21 de junho de 2008

Os 80 anos de uma boa idéia


Fonte: Deutsche Welle Brasil

No dia 20 de junho de 1908, a dona de casa alemã Melitta Bentz entregou o pedido de registro de patente do porta-filtro e o respectivo coador de café descartável. Até então, só se conhecia o coador de pano.

Melitta Bentz entrou para a história como inventora do revolucionário método de fazer café usando um coador descartável. Em pouco tempo, a empresa que recebeu seu nome conquistou fama internacional.

O café tornou-se conhecido na Europa no século 17. Para prepará-lo, despejava-se água quente (cozida durante cinco minutos) sobre pó de café, colocado num recipiente com furos. Na virada dos séculos 19 para 20, usavam-se filtros de cerâmica ou de metal, mas estes freqüentemente tinham furos muito grandes ou muito pequenos. Também havia os coadores de pano, mas estes eram considerados anti-higiênicos.

Aborrecida com a borra no fundo da xícara e o sabor amargo do café, Melitta Bentz começou a experimentar em casa. Aos 34 anos de idade, munida de martelo e pregos, fez pequenos furos no fundo de uma lata, sobre os quais colocou um pedaço de mata-borrão do caderno de seu filho.

Ainda insatisfeita com o resultado final, ela e o marido, Hugo Bentz (1873–1946), continuaram experimentando com outros tipos de papel, para que o líquido escorresse mais rápido. Além disso, aperfeiçoaram o recipiente que sustentava o filtro.

O resultado a agradou tanto que, em 20 de junho de 1908, ela apresentou o pedido de patente em Berlim. O registro de proteção foi oficializado em 8 de julho de 1908, na patente de número 347895.

Alguns meses depois, no dia 15 de dezembro, foi registrada a firma M. Bentz, em Dresden, com sede no próprio apartamento da família. A produção dos primeiros filtros ainda foi manual, mas logo seria terceirizada. Hugo Bentz deixou o emprego numa loja e dedicou-se à empresa da família.

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