segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Polêmica: Com Quase Sessenta Anos, E Ainda Tem Gente Querendo Engravidá-la!
Causou comoção a notícia postada pelo companheiro Fetter sobre a mulher de identidade mantida em sigilo que teria virado mãe na Alemanha. Além do aspecto inédito de assistir a uma mulher tornar-se mãe em idade tão madura, o fato gerou uma discussão sobre maternidade em idade avançada, o que levou a um médico, o Presidente da Assoiciação Alemã de Medicina Reprodutiva, a declarar o fato um "abuso do progresso da medicina", frase que considero bastante drástica, tendo em vista as circunstâncias do caso. Acredito também, que, antes de apreciar as afirmações do Ulrich Hilland, devemos ter em mente uma série de fatos:
Primeiro, as pessoas estão casando cada vez mais tarde. Em tempos de antanho casava-se muito cedo e não era para menos: na Idade Média uma pessoa vivia em média 25 anos. Se as pessoas não casassem logo na adolescência a humanidade simplesmente deixaria de se reproduzir.
Felizmente, o progressso material e o da Medicina possibilitaram que as pessoas vivessem cada vez mais. Na Alemanha, hoje, a expectativa de vida da mulher é de 82 anos
http://www.indexmundi.com/germany/life_expectancy_at_birth.html
Se a mulher em questão tem 64 anos, a menina que acaba de nascer alcançará 18 anos quando a mãe estiver com 82 anos, ou seja, ela está nascendo com expectativas normais e plausíveis de que atinja a maioridade estando viva pelo menos a mãe (já que os homens sempre vivem menos).
O caso da mulher alemã então é só um exemplo extremo do fenômeno mais amplo a que estamos assistindo cotidianamente e que foi citado acima: as pessoas estão casando mais tarde. Como todos vivem mais, não há mais a urgência de casar que havia antigamente. Também a mulher hoje é um ser independente, que não necessita mais de homem para viver (e asssim que inventarem um "macaco hidráulico autómático" para trocar pneu do carro aí o homem já não terá mais nenhuma utilidade).
Vejo mais uma vantagem em tornar-se mãe mais tarde: aos 64 anos a mulher ou já está aposentada ou de alguma outra maneira já se realizou profissionalmente, e por isso vai poder dar à criança a atenção que lhe era impossível prover no tempo em que estava usando todo o seu dia útil para ascender profissionalmente.
Segundo: imaginemos que uma mulher com doença fatal queira engravidar. Ela pode organizar o problema acertando, digamos, com os pais dela, que eles assumirão os cuidados da criança depois que ela, mãe, venha a falecer. O caso teria conotação algo dramática, concordo. Mas estaríamos nós no direito de dizer moralmente à essa mãe que ela estaria errada por querer ter um filho sabendo que vai morrer? O mais importante é que a criança tenha assistência, e isso quase sempre pode ser arranjado. Se a mãe engravidasse involuntariamente o que nós diríamos a ela? Que abortasse a criança? Para casos que tais sempre se poderia apelar à adoção.
Deixe agora eu explicar o foto da Verona. O companheiro Fetter postou a sua (dele) notícia adornada por uma foto que provavelmente é uma daquelas alentejanas de mais de noventa anos. Existe uma piada que explicita bem as características estéticas da mulher alentejana (ler a piada imaginando um "sotaque português" nos falantes):
Filho : Ò mãe, por quê tu vais ao salão de beleza toda semana?
Mãe :Ò meu filho! Vou ao salão de beleza toda semana para ficar bonita!
Filho: Ò mãe, então por quê é que não ficas?
Por isso a foto. Peço aos companheiros (acho que todos são casados) que façam um exercício mental: imaginem, eu digo pensem hipoteticamente, que fossem solteiros. Algum de vós atreverse-ia a "causar a gravidez" (para colocar de maneira polida e educada) da senhora provecta que está quase nos sessentinha, da foto acima?
Por fim, peço ao companheiro Fetter que indique a página do jornal de onde tirou a declaração do Dr. Ulrich. Fiz pesquisa na internéti a não a encontrei. :(
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6 comentários:
Cattus, Felix, sinto muito mas a notícia foi cortada e colada em sua íntegra, então não faço a menor idéia de qual página de qual ZEITUNG ela foi retirada.
Abs. fetter.
Ok, companheiro Fetter, recebido. É que eu fiquei intrigado com a afirmação de "abuso do progresso da medicina". Também a afirmação do "Die Welt" me causou espécie (no sentido de que "as crianças devem ter o direito de ter pais que possam criá-los e protegê-los"). Dependendo da interpretação, pobre não poderia ter filhos (na Alemanha eles têm o "Kinder Geld" para ajudar as famílias) ;)
Agora, diz que não encarava a véia Fischer, companheiro Fetter...
Sorry, escrevi errado é "Kindergeld", tudo junto
Companheiro Felix, confesso que tive um pôster da Sra. Vera nos idos dos anos 80. Ficava grudado na parede, entre um Kiss e um Ac/Dc. Na verdade (alguns irão lembrar) era um pôster dupla-face, e, do outro lado ficava Christiane Torloni. Mas hoje, sinceramente, não acho que a Sra. Vera tenha a menor chance...
Então temos aqui o primeiro desapontamento com V.Sa., companheiro Fetter, um verdadeiro metaleiro hardcore encarava a Verona tranquilamente, sem nem precisar de aditivos tipo cerveja ou whisky, he he
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