Amigos, imaginem que um sujeito fica famoso aí pelos seus onze, doze anos de idade. Depois torna-se um astro internacional. Mundialmente conhecido, suas músicas são cantadas nos cinco continentes. Ele conquista milhões de fãs. É agraciado com uma série sem fim de prêmios e homenagens. Enriquece com os milhões e milhões de royalties gerados pelas suas canções. O que mais poderia um sujeito desses querer? Um Prêmio Nobel de Física? Uma noite de amor selvagem com, digamos, Charlize Theron ou Luana Piovani? Não, ele quer ver um jogo do Botafogo do Rio de Janeiro:
http://odia.terra.com.br/portal/rio/html/2011/8/informe_do_dia_stevie_wonder_quer_ir_a_jogo_do_botafogo_185307.html
Em defesa do Stevie Wonder, podemos dizer que no Brasil desde crianças estamos acostumados a duas experiências completamente distintas: uma é o jogo visto ao vivo ou pela televisão. Outra é o jogo narrado pelo rádio. O jogo narrado pelo rádio é, invariavelmente, mais emocionante do que aquele visto ao vivo ou pela tv.
Como Stevie Wonder é amigo de Carlos Alberto Torres, campeão mundial em 1970 e ex-jogador do Botafogo (nos "bons tempos"), posso até imaginar o diálogo entre os dois: "Stevie, você tem que ir ao Rio e ver o Botafogo jogar, a defesa é inexpugnável, contra-ataques mortais, lançamentos milimétricos, dribles desconcertantes..."
Para o bem do próprio Stevie, torcemos para que ele chegue ao final de seus dias sem presenciar esse espetáculo dantesco.
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