quinta-feira, 17 de março de 2011
O Arquiteto e o Imperador Da Assíria - Fernando Arrabal
Mais do que um representante do assim chamado "Teatro do Absurdo", Arrabal é a própria personificação da escola. De estatura diminuta, mas que quando fala se arrebata com um discurso que beira uma possessão bíblica, Arrabal nunca deixou de surpreender a todos que tomam contato com sua obra.
Em "O Arquiteto e o Imperador da Assíria", temos a história tradicional do confronto entre o homem civilizado (o "Imperador") e o homem selvagem (o "Arquiteto").
Numa ilha deserta, único sobrevivente de um desastre aéreo, o Imperador aparece como o portador do conhecimento, tentando "civilizar" o arquiteto, que, no entanto, tem poderes sobre a natureza que assustam o Imperador.
Durante toda a peça os dois personagens irão se digladiar, ora se aproximando, ora se afastando, e alternando as posições de dominante e dominado.
Tudo é costurado por um diálogo que nada tem de lógico. O sublime é seguido pelo total escatológico, ora mudando o sentido do pensamento, ora dizendo coisas sem ne
nhum nexo até culminar no julgamento do Imperador pelo arquiteto, que tem um fim mais para Dom Sardinha do que Robison Crusoe.
Uma das montagens de "O Arquiteto e o Imperador da Assíria" com Ron Perlman (!) no papel do Imperador.
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