"Dirigentes da guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) teriam recebido cerca de US$ 20 milhões para liberar a franco-colombiana Ingrid Betancourt e outros 14 reféns, afirma a Rádio Suíça Romanda (RSR)".
O texto completo está no Terra.
Luis Nassif um pouco antes dessa notícia publicara em seu blog o comentário de um leitor argumentando por quais razões se tornou vantajoso para todos os lados (Uribe, Farcs, EUA, Sarkozy, Chavez) a libertação de Betancourt.
3 comentários:
Só uma dúvida, Filipe, vc também acha que a FARC trava uma luta legítima por um mundo melhor?
Não entendi o que uma coisa teria a ver com a outra.
O fato da dita operação de resgate poder ter sido só um teatrinho não justifica o sequestro de civis e nem tira o mérito da libertação dos reféns.
Acho natural que os atores políticos queiram tirar proveito disso, afinal todo mundo sabe que o que o Uribe quer mudar a constituição para se re-reeleger.
O narcotráfico, ademais, é um negócio bilionário e que, portanto, é interessante para todos, inclusive para quem combate a droga.
Mas, para te responder, o que eu acho é que qualquer solução para o conflito na Colômbia tem que passar pelo fim da luta armada, de ambos os lados (não vamos nos esquecer da extrema-direita local) e pela transformação das FARC numa força exclusivamente política.
Sinceramente, não entendi sobre o narcotráfico ser um negócio bilionário e o interesse em libertá-la por parte dos narcotraficantes.
Quanto ao fim do conflito, adoto a uma posição seja para guerrilhas de esquerda ou de direita: somente a vitória total interessa. Um país não pode se submeter a uma guerrilha de 10.000 homens sem qualquer respaldo político. Não estamos falando de um país dividido em 2, como, por exemplo, a Iuguslávia.
Somente a completa submissão ao Estado Democrático. E nada de anistia.
Caso contrário, seria como greve de funcionário público no Brasil, não trabalha e continua recebendo.
Tentar dar um golpe no Estado baseado em eleições, depois pedir clemência e ficar tudo bem? Isso é piada.
Aliás, a nota do governo brasileiro mostra com clareza a pusilanimidade dessa gente.
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