terça-feira, 28 de outubro de 2008

Resposta ao Filipe. Do blog do Reinaldo Azevedo

Viram o quadro acima?
Pois é.

Então vamos ao que não vão lhes dizer, leitores.

Porque o petismo é eficiente em plantar a sua versão na imprensa.

E ele diz, vamos ser claros, o que boa parte do jornalismo político quer ouvir. O critério da vitória e derrota, dizem, é o número de prefeituras. É?

Vejam ali: o PMDB conta com 1.201. E pode estar com qualquer um em 2010. Só não estará sozinho, com candidato próprio, porque ele quer é orçamento das prefeituras e estados. E não os problemas da Presidência. Pra quê?

Outro bloco que estará junto, vejam só, tem nada menos de 1.416 prefeituras: junta PSDB, DEM e PPS. Digamos que o tal bloquinho (PSB, PC do B, PDT, PMN e PRB) mantenha a coesão (?). Esses partidos somam 784 prefeituras. Digamos ainda que toda essa gente continue junto com o PT: só nesse caso é que se chega a 1.343 prefeituras — um número ainda inferior às conquistas das oposições. E o resto?

Bem, pode estar em qualquer lugar e com qualquer um. Mas esses são, digamos, os três eixos que contam.


Se a picaretagem intelectual quiser colocar o PMDB na conta do governo Lula, aí, claro, trata-se de uma vitória formidável. Mas pra isso é preciso apagar o passado governista do partido nos governos Sarney, Itamar, FHC e, claro, Lula. E seu futuro governista também, seja qual for o governo. De fato, essa numeralha (mistura de número com tralha) não tem grande importância.


As vitórias políticas, acho, contam mais. Mas já que querem brincar de aritmética política, a realidade parece bem outra, não? E não deixa de ser formidável que as oposições ainda somem o maior bloco de Prefeituras, se formos pensar em alguma coesão entre as legendas, depois de seis anos de lulismo e da maior base política jamais montada por um presidente. Tudo por ideologia e patriotismo, é claro. Maria Victoria Benevides pode certamente nos explicar o rigor ético dessas alianças.

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