quarta-feira, 2 de abril de 2008

Eduardo Guimarães hoje (excerto)

Fetter gostou e assina embaixo.

"Muitos não entenderão o que vou escrever, mas aqueles aos quais me dirijo entenderão. É que acredito que a internet se tornou o registro definitivo da história de uma forma que jamais foi possível ao homem registrá-la. Daqui a cem, duzentos anos nossos descendentes ouvirão as vozes, verão os trejeitos, conhecerão a cultura, cada costume, cada ato edificante ou vil de nossa época como se, para eles, fosse o presente. Poder-se-á, então, mensurar como nunca quem foi quem naquele tempo pretérito.

Pensarão que alucino por dizer que, em momentos como este, falo ao futuro em vez de ao presente. Falo para que entendam como esta época da história humana foi marcada por uma nova forma de opressão das massas. A comunicação foi se tornando alguma coisa que vocês daí do futuro talvez já saibam o que é, possivelmente um monstro terrível que terá transformado o mundo num lugar que, para a quase totalidade dos homens, poderá ser muito pior do que é hoje.

Para ilustrar o conhecimento que transmito ao futuro sobre o que se passou nesta época no maior país tropical do Terceiro Mundo, no início do século XXI, falo dos meios de comunicação de massas, o poder discricionário que o mundo inteiro luta para combater e que temo que possa ter dominado a época para a qual escrevo este texto. Entretanto, se eu estiver enganado, se o grande mal de minha época não tiver vencido, talvez vocês entendam que ele não venceu graças a gente como eu, a gente que ousou se colocar no caminho deles.

Hoje quero falar sobre jornais brasileiros que, em trio, repetem uns aos outros, dia após dia, em coberturas e opiniões idênticas em tudo (com raras exceções). Depois de duas ou três semanas do escândalo da vez, no entanto, acaba esfriando o tom apocalíptico impresso inicialmente nas manchetes de primeira página que o Trio publicou, manchetes que fazem "denúncias do fim do mundo" sempre contra o governo do país ou a políticos do partido do primeiro presidente da República brasileiro oriundo das classes baixas. E contra mais ninguém."

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2 comentários:

Felix Cattus disse...

Eu não entendi uma coisa, o primeiro presidente brasileiro de origem das classes baixas foi Floriano Peixoto, que foi criado por um padrinho

http://pt.wikipedia.org/wiki/Floriano_Peixoto

E ele que os jornais estão difamando?

Cristian Fetter Mold disse...

Rapaz, tu nem sabe o que falam deste padrinho... Abraço. fetter.