quinta-feira, 27 de setembro de 2007

"Champions League", morra de inveja

A Copa Sul-Americana é um prêmio de consolação que o clube recebe por não ter sido rebaixado para série B mas também não ter tido fôlego de brigar por uma vaga na Libertadores.

Aí chega agosto e, sem que o torcedor sequer se lembre que no ano anterior seu time havia conseguido um glorioso décimo lugar no Brasileirão, começa o sensacional torneio intercontinental.

Esse torcedor procura a tabela, curioso para ver que equipe estrangeira o seu time irá pegar no começo, torcendo para não ter jogo a mais de 3 mil metros logo de cara...e vê que os brasileiros vão começar jogando contra os brasileiros.

Ou seja, as oito vagas do Brasil são um grande engana-trouxa, pois se vacilar o time sai da Copa sem sequer ter tido direito de pisar no Free Shop do embarque internacional do aeroporto.

Reduzidos pela metade, os times brasileiros entram na fase internacional. "Bem", pensa o incauto fã de futebol, "agora o torneio toma jeito e os confrontos vão ser decididos em um justo sorteio, para garantir um equilíbrio de forças...".

Nada mais equilibrado que colocar os times dos dois países com melhor futebol em pontos opostos da tabela, para se enfrentarem só lá na frente, na pior das hipóteses numa semifinal, certo? Errado.

Oitava-de-final e os quatro times do Brasil jogam contra os quatro times da Argentina! Vamos dar um desconto para o novo clássico Goiás x Arsenal...mas é preciso reconhecer a genialidade do sujeito que pôs São Paulo e Boca Juniors para jogar em mata-mata agora. Nunca o clichê "final antecipada" fez tanto sentido.

Se passase pelo Arsenal ontem, o Goiás pegaria o Chelsea na próxima fase. Pena que não deu

Como a copa se chama Sul-Americana, é bom lembrar que o atual campeão é o Pachuca, do México, aquele país do sul da América. América do Norte. Com o Pachuca estão na disputa também dois outros mexicanos - Chivas e América - e o DC United, dos EUA.

Nunca entendi qual a razão de chamar times da Concacaf para os torneios da Conmenbol. Só não colocaram ainda o México e os EUA para disputar as eliminatórias da Copa do Mundo com os sul-americanos porque eles preferem brigar com Jamaica e Costa Rica pelas vagas.

Bem, sem o Boca vai ficar mais difícil que o campeão seja algum argentino, o que já é um alento. Se o vasquinho avançar no torneio e chegar na final, todo mundo já sabe que ele vai ser o vice, o que também é sempre uma alegria. Então, acho que vou torcer é pro Pachuca levar o Bi e desmoralizar essa bodega de torneio de uma vez.

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