sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Mundial de Judô, no Rio de Janeiro.


Olimpíadas de Sidney - Kosei Inoue vencendo a medalha de ouro.


Depois do primeiro dia do Mundial de Judõ, no Rio de Janeiro, gostaria de dividir com os colegas algumas impressões, minhas e de conhecidos.

O Japão não tem ido bem. Perdeu algumas na classificação, outras nas finais. Azar do Judô.

Alguns dizem que o grande Inoue não é mais o mesmo. Talvez estejam certos. Apesar de brilhante e de ainda ter os seus momentos de gênio, não tem a explosão e a resistência que apresentou nas Olimpíadas de 2000. Além disso, ele está leve demais para a categoria +100Kg. Apesar de tudo, ainda mostrou momentos de superioridade contra adversários muito mais pesados e fortes, como o Gabriel, mesmo não tendo conseguido usar seu explêndido uchi-mata contra o brasileiro. O Gabriel é grande, forte, jovem e adora catar pernas. A nossa seleção dexou há muito de apresentar o judô plástico de um Sérgio Pessoa, único brasileiro a vencer a Copa Jigoro Kano (1986). Hoje são todos catadores de pernas. Lutam um judô feio e covarde. Me desculpem, mas no judô, eu sou Japão.

A arbitragem está péssima. Vi várias marcações de ippon que não passavam de yukôs. Mas a Federação, depois do Mundial, vai reavaliar a arbitragem com os árbitros, mostrando a eles o que fizeram de errado. Eles estão invertendo pontuações quando os dois lutadores caem juntos. Foi assim com Inoue e Suzuki.

A japanesa Nakazawa sofreu a maior injustiça do Mundial ao perder nos últimos segundos para a cubana Yurisel Laborde. Perdeu porque buscou o ippon até o final, ao contrário dos nossos lutadores que, quando ganham, o fazem sem atacar e porque o adversário foi punido. Ou porque cataram pernas, a morte do judô. Não tenham dúvidas, em todos os fóruns na internet sobre o Mundial se comenta a diferença de espírito e qualidade de luta.

O francês que venceu Tmenov, com aquele tamanho e envergadura, deveria ter vencido mais facilmente. Por que não o fez? Porque não tem a técnica e a maturidade de Tmenov, grande lutador que se prepara para a sua última olimpíada.

Quanto à Mayra, nenhuma supresa. As brasileiras são péssimas em técnica de solo. Por um acaso (eheheh), a grande especialidade de Ronda. O resultado era previsível.

Ah, quanto ao horário exdrúxulo, se deve aos direitos de imagem da TV japonesa.

2 comentários:

Filipe disse...

Fui pego de surpresa pela faceta judoca do Feluc, que eu ainda não conhecia.

Mas depois fui informado que ele foi o melhor faixa amarela de Pelotas, em priscas eras, o que explicou a análise embasada do Mundial que foi feita.

Cristian Fetter Mold disse...

Rapaz, no trecho de terra que vai do Fragata ao Laranjal, nunca se viu um faixa amarela tão habilidoso. Ficasse por lá mais uns dez anos e pegava uma laranja fácil, fácil...